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terça-feira, 2 de setembro de 2014

"Não queremos permanecer (na Telecom Italia)", diz Alierta, da Telefónica


segunda-feira, 1 de setembro de 2014, 13h48 


Telespazio
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O CEO do grupo Telefónica, Cesar Alierta, disse em entrevista a jornalistas nesta segunda, 1º, que a holding espanhola deverá sair da Telecom Italia assim que a operação de compra da GVT for concluída. Alierta, que participou de uma conferência de telecom na cidade espanhola de Santander, acredita que a francesa Vivendi aceitará a cláusula que dá opção de troca de 4,5% ações da Telefônica Brasil após o aumento de capital para fusão com a GVT por 8,3% do capital votante da Telecom Italia.
"Não queremos permanecer (na Telecom Italia). Creio que está muito claro. Na oferta à Vivendi dissemos que se quiserem, lhes damos as ações que temos na Telecom Italia a um preço adequado", afirmou à imprensa espanhola.
Para ajudar a financiar a compra da subsidiária brasileira da Vivendi, a Telefónica deve emitir 3,4 bilhões de euros em ações, através de aumento de capital da Telefônica Brasil, mas Alierta não descarta também usar ações em tesouraria se as condições de mercado se mostrarem ruins para o aumento de capital.
Brasil
A saída da Telefónica do capital da Telecom Italia, e, consequentemente, da TIM Brasil, é uma exigência do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O órgão antitruste brasileiro, além de aplicar multa de R$ 15 milhões à Telefónica por aumentar sua posição financeira na Telco (holding em processo de dissolução, mas que controla a Telecom Italia com 22,4% de participação), determinou que a empresa espanhola se desfizesse da participação cruzada que detém no mercado brasileiro, onde controla a Vivo e, indiretamente, a TIM Brasil.
Os primeiros sinais de que a Telefónica deixaria o controle da Telecom Italia vieram ainda em meados de julho, quando a empresa anunciou a emissão de 750 milhões de euros em títulos conversíveis em ações da Telecom Italia, com vencimento em 2017 e que representam 6,5% do total de ações votantes da holding italiana.
Com essa transação, restaria à Telefónica entre 8,3% e 9,4% do capital da Telecom Italia após a dissolução da Telco e, se a Vivendi aceitar a troca de ações da Telefônica Brasil por 8,3% das ações de controle da Telecom Italia, a fatia da espanhola passará a ser praticamente zero.

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