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segunda-feira, 23 de junho de 2014

Nextel investe em rede própria 4G e diz que não está à venda no Brasil


Convergência Digital - Carreira
:: Ana Paula Lobo - 16/06/2014

A Nextel Brasil acredita que, há, sim, espaço para uma quinta operadora no país, em especial, para atender o cliente premium, que pode pagar mais de R$ 100,00 por serviços de telecomunicações. Nesta segunda-feira, 16/06, a operadora ativou a operação comercial do 4G, com infraestrutura própria, na cidade do Rio de Janeiro.
Foram instaladas 300 antenas cobrindo 19 bairros cariocas.  A expansão está programada - a tele tem frequencia 1,8GHz comprada no 3G em Minas Gerais e no Nordeste - mas o diretor de Marketing da Nextel Brasil, George Dolce, em entrevista ao portal Convergência Digital, não quis adiantar quais serão as próximas cidades.

Indagado se haveria a possibilidade de a Nextel fazer um acordo semelhante ao firmado com a Vivo para o 3G - a Nextel está pagando R$ 1 bilhão à Vivo pelo uso da cobertura 3G em mais de 2700 municípios - Dolce diz que a possibilidade não está descartada,mas neste momento, a operadora investe em rede própria.
"O acordo com a Vivo é para o 3G apenas. O 4G estamos com a Huawei fazendo a nossa rede. O interessante do acordo com a Vivo é que temos relatórios com as cidades onde há maior procura fora da nossa área de cobertura. Estamos avaliando para ver essas localidades e apostar no 4G", destaca.

A situação financeira da holding da Nextel - a NII Holdings- não afeta os planos da operadora no Brasil, diz Dolce. Segundo ele, a empresa está, sim, buscando investimentos e se capitalizar para sustentar as operações, mas que, neste momento, não há a menor intenção de vender a Nextel Brasil,mas não descarta a entrada de novos acionistas. "Esses rumores ocorrem até porque há a questão financeira da holding. Há uma busca por mais capital. Mas não se fala em venda da Nextel Brasil", diz.
Dolce informou ainda que, hoje, a Nextel registra mais de 100 mil novos assinantes 3G mensalmente, com cerca de 20% de clientes vindo de outras operadoras, interessados nos planos premium. A tele informa ainda que, nos quatro primeiros meses do ano,cresceu quase 900% comparado aos quatro primeiros meses de 2013, passando de 79 mil, para mais de 786 mil acessos 3G. "O nosso público-alvo é o cliente pós-pago premium, que pode pagar mais de R$ 100,00 e quer um serviço diferenciado. Acreditamos que há um espaço para ser conquistado nesse perfil de asssinante".
Sobre o serviço tradicional de trunking, o diretor de Marketing da Nextel Brasil garante que a operadora não está desativando a rede IDEN. "Temos ainda 50 mil adesões/mês aos nossos produtos de rádio. Mas a tecnologia evoluiu e estamos, inclusive, com o serviço de rádio, por meio de aplicativo, com mais de 470 mil downloads, nos celulares 3G de mercado", diz.
Olhar atento ao leilão 700 Mhz

A expansão do 4G está no cronograma com rede própria e em Minas Gerais e no Nordeste, onde a operadora comprou a licença 3G, em 1,8GHz. São Paulo segue nos planos seja no leilão de 700 MHz, previsto para agosto, seja em novo embate pela licença da falida Unicel - que chegou a ser comprada, mas cuja operação foi cancelada pela Anatel.
"Temos total interesse em ficar com a frequência em São Paulo e vamos tentar voltar a falar com a Anatel. Sobre o leilão de 700 MHz, temos interesses, mas ainda há muitos pontos para serem esclarecidos. O custo da mitigação da TV digital é um deles", afirma Dolce. A Nextel também planeja usar a faixa de 850MHz - onde tem a rede IDEN - para ter 4G em cobertura nacional. "Como a procura pelo IDEN está caindo, podemos pensar em usar a frequência para o 4G. O planejamento existe", completa o executivo.

Para entrar na disputa do 4G, a Nextel aposta em planos agressivos. No caso do 4G, o pacote custa R$ 129,99 e inclui, além do acesso à nova tecnologia, 4 GB de tráfego de dados, 400 minutos para chamadas para outras operadoras fixas e móveis, chamadas ilimitadas para Nextel e SMS ilimitado.
No portfólio de aparelhos, a operadora tem entre modelos 4G o Samsung Galaxy S4 e os iPhones 5S e 5C. No caso destes dois últimos, a Apple já aprovou a rede 4G da operadora e vai liberar o acesso aos assinantes da Nextel na próxima atualização do iOS. Além disso, chegarão em breve dos novos modelos da Motorola compatíveis com 4G.

American Tower paga R$ 2,18 bi por mais de 4300 antenas no Brasil



:: Da redação
:: Convergência Digital :: 16/06/2014
A GP Investments anunciou a venda do controle da BR Towers à norte-americana American Tower Corporation, que comprará 100% da empresa brasileira de construção e compartilhamento de torres em negócio de R$ 2,18 bilhões.

Em fato relevante enviado ao mercado na noite de domingo, 15/06, a GP Investments informou que o montante avalia sua participação de 41% na BR Towers em cerca 250 milhões de dólares, gerando um retorno bruto de 2,8 vezes o capital investido na empresa. Fundada por fundos da GP Investments em 2012, a BR Towers opera mais de 4.300 torres em todo o país, incluindo ativos que foram comprados das operadoras de telefonia Vivo e Oi.

A aquisição pela American Tower engloba a totalidade das ações da BR Towers, incluindo as detidas por demais acionistas e por coinvestidores dos fundos da GP Investments. O negócio também está sujeito a determinadas condições suspensivas, como a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), disse a GP no comunicado, acrescentando que o valor proposto de 2,18 bilhões de reais poderá ser ajustado em função da performance da BR Towers até o fechamento da transação.

O anúncio da GP é feito na sequência da venda, na semana passada, de sua fatia na empresa brasileira de gestão de frota Sascar à Michelin por cerca de 260 milhões de dólares. Segundo a GP, a venda das participações na BR Towers e na Sascar vão gerar um impacto no valor patrimonial líquido (NAV) por ação de 0,67 real ante base registrada em 31 de março, após comissões, retenções e impostos aplicáveis às duas transações.
Fonte: Agência Reuters

Portabilidade numérica: Serviço é falho nas teles móveis, diz Idec



:: Da redação
:: Convergência Digital :: 16/06/2014
O Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) testou como a Claro, a Oi, a Tim e a Vivo agem quando um consumidor pede portabilidade numérica – ou seja, pede para migrar de uma operadora para outra e manter o número de sua linha – e constatou que as operadoras cometem uma série de falhas, em especial com relação à informação ao consumidor e divergência entre a orientação do SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor) e dos atendentes das lojas.

Em três lojas da TIM (duas próprias e uma revendedora), os funcionários disseram que não faziam portabilidade de linhas pré-pagas. Já o atendente do SAC afirmou que todas as lojas são obrigadas a fazer a portabilidade tanto de pré quanto de pós-pagos. “Ao tratar de forma diferenciada consumidores de pré e pós-pagos, a Tim viola os artigos 10, II, e 13, I, do regulamento da portabilidade, assim como o artigo 39, II, do Código de Defesa do Consumidor”, explica a advogada do Idec Veridiana Alimonti.

Em resposta ao Idec, a TIM Informou que já reforçou a orientação aos funcionários para que equívocos como a recusa de portabilidade de linha pré-paga, bem como o fornecimento de informações incorretas sobre o prazo, não voltem a ocorrer. Já com relação à Vivo, a solicitação de portabilidade via SMS não foi concluída. O funcionário da loja informou que seria preciso fazer uma recarga mínima para gerar um número provisório durante o processo de troca de operadora.
De forma geral, avalia o Idec, todas as operadoras deixaram de informar uma série de itens previstos no regulamento da portabilidade, como as condições do procedimento (como regras para cancelamento) e as condições do plano para o qual o consumidor vai migrar (custo das chamadas, por exemplo), além de nem sempre informar o número do protocolo da operação.

O pedido da portabilidade

Segundo o texto enviado pelo Idec, a dificuldade do assinante interessado na portabilidade numérica  começa na hora de fazer o pedido: com exceção da Vivo, a portabilidade só pode ser requerida presencialmente, numa loja da operadora, pois, segundo as empresas, o consumidor deve apresentar seus documentos de identificação e adquirir um novo chip.

De acordo com as regras da Anatel, as operadoras podem cobrar até R$ 4 pela portabilidade, mas nenhuma delas aplicou a taxa. As operadoras indicaram o prazo para a portabilidade ser efetivada. Porém, em pelo menos uma ocasião, todas elas disseram que o período poderia ser de até cinco dias úteis, enquanto, atualmente, o regulamento estabelece prazo máximo de três dias úteis. “O período de cinco dias foi aplicado no início da ativação comercial da portabilidade e foi transitório”, explica a advogada.

De quatro portabilidades solicitadas durante a pesquisa – uma para cada operadora –, apenas uma foi realizada no dia e na hora marcados e dentro do prazo regulamentar, de três dias úteis: a da Oi para a Claro. A da Tim para a Oi ocorreu em cinco dias úteis, portanto, fora do prazo; e a da Vivo para a Tim, em três dias úteis, mas somente na segunda tentativa (na primeira ocorreu um erro, o que obrigou a pesquisadora a retornar à loja). A portabilidade da Claro para a Vivo – que foi solicitada por meio de SMS – não foi efetivada.

Algumas operadoras, informa o Idec, deram um número provisório (Tim e Vivo) e outras não (Claro e Oi). No entanto, a Anatel explica que “o fornecimento de um número provisório ao usuário é prerrogativa da prestadora, mas não pode ser condição para o atendimento da solicitação, ou seja, o usuário pode optar por não querer o número provisório”. Na Tim, o pesquisador não teve a opção de escolher se queria ou não o número provisório. E, na Vivo, o tal número só não é fornecido se o pedido de portabilidade for feito por SMS.

Condições do novo plano

A Oi foi a única operadora que informou voluntariamente os custos das ligações do novo plano. No geral, os vendedores perguntavam qual era o perfil de gastos do usuário, mas não apresentavam a ele opções nem lhe davam a oportunidade de escolher. “O consumidor passa a utilizar um novo serviço sem conhecer as suas condições: valor das chamadas para a mesma operadora e para outras, do SMS, de eventual conexão à internet etc.”, observa Alimonti.

Os créditos que somem após o cancelamento da portabilidade

Todas as operadoras cancelaram o pedido; o cancelamento só não pôde ser solicitado à Vivo porque o pedido de portabilidade, feito por SMS, não havia sido registrado. Ao fazer o cancelamento, o Idec verificou se os créditos existentes no chip antes do pedido de portabilidade foram mantidos. Na Oi, os R$ 5 de saldo, cuja validade não havia expirado, sumiram misteriosamente após o cancelamento; na Claro, o saldo foi reduzido de R$ 5 para R$ 1; e na Tim sobrou apenas o bônus de R$ 2 (os R$ 5 de recarga desapareceram).

Segundo a Resolução do Serviço Móvel Pessoal (que traz regras gerais para o serviço de telefonia celular), a prestadora deve apresentar as razões para o débito dos créditos e, não havendo motivo, devolvê-los em dobro ao usuário, por meio de créditos com validade mínima de 30 dias ou outro meio escolhido pelo consumidor. O prazo para a devolução também é de 30 dias. A portabilidade, válida tanto para a telefonia móvel quanto para a fixa, foi criada em 2007 pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), por meio da Resolução no 460/2007, posteriormente alterada pela Resolução no 487/2007, e implementada em setembro de 2008.

Como foi feita a pesquisa

A pesquisa, realizada durante o mês de março de 2014, foi dividida em duas etapas: na primeira, a pesquisadora do Idec consultou o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) das quatro maiores operadoras de telefonia móvel do país — Claro, Oi, Tim e Vivo — sobre as regras para a portabilidade; depois, foi a lojas próprias de cada uma solicitar o procedimento (de Vivo para Tim; de Oi para Claro; de Claro para Vivo; e de Tim para Oi).

Avaliou-se o atendimento fornecido pelos atendentes, considerando as regras estabelecidas pela Resolução nº 460/2007, alterada pela Resolução nº 487/2007, e a efetivação da portabilidade dentro do prazo regulamentar de três dias úteis. Na segunda etapa, a pesquisadora foi a mais quatro lojas de cada operadora para pedir novas portabilidades e, depois, solicitou o cancelamento. O objetivo era verificar se as operadoras cancelam o pedido de portabilidade e se os créditos existentes no chip cujo número seria portado são mantidos após o cancelamento.

Direito de Resposta

O Idec procurou as teles e colocou as respostas às demandas:


Claro: De forma geral, afirma que está de acordo com as regras de portabilidade e que os aspectos em desconformidade apontados pelo Idec são pontuais e que serão avaliadas oportunidades de melhoria.

Tim: Informa que já reforçou a orientação aos funcionários para que equívocos como a recusa de portabilidade de linha pré-paga, bem como o fornecimento de informações incorretas sobre o prazo, não voltem a ocorrer. Em relação à exigência de comparecimento à loja para solicitação do procedimento, argumenta que ela está baseada na segurança do próprio cliente, “uma vez que se trata de uma linha ativa e vinda de outra operadora, diferente da ativação de uma linha nova pré-paga”, mas que vai avaliar a possibilidade de realização via central de atendimento.

Oi: Afirma que o procedimento padrão da empresa é de realizar a portabilidade no prazo de três dias úteis; e que o comparecimento à loja é necessário para a aquisição do chip e verificação de documentos pessoais.

Vivo: Esclarece que não cobra taxa para efetuar a portabilidade e considera o episódio da obrigatoriedade de recarga de R$ 35 um equívoco pontual do vendedor. Em relação à não efetivação da portabilidade solicitada via SMS, a operadora diz que a pesquisadora não deve ter concluído o procedimento de forma adequada. A operadora informa, por fim, que segue todas as normas relativas à portabilidade e que realiza milhares de pedidos por mês com sucesso, o que indica que a dinâmica e as ferramentas existentes são eficazes, e que as eventuais falhas de comunicações são eventos isolados.

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Tarifas de rede móvel e fixa vão cair a partir de 2016. VU-M reduz 90% até 2019


O Conselho Diretor da Anatel aprovou hoje novos preços de remuneração das redes fixas e móveis, que começarão a cair a partir de 2016. As tarifas da rede fixa  (que custam hoje em média R$ 3 centavos por minuto) vão ficar congeladas aos valores atuais até 2016, quando começam, então a ser cortadas.
E as tarifas da rede móvel – a VU-M, cujo corte começou a ser realizado há dois anos – continuarão com sua trajectória de queda por três anos,  até 2019, quando a redução chegará a 90%, passando a valer R$ 2 centavos de reais, em média.  Esta redução das tarifas entre as redes deverá repercutir na tarifa de público, que ficará mais barata, prevê a Anatel.

A Anatel decidiu ainda unificar os valores da VU-M por operadora com poder de mercado por área do plano de outorgas do celular.  A EILD ( exploração de linha dedicada) ou oferta de banda larga no atacado também chegará ao modelo de custos, mas um ano depois, em 2020.

Rodrigo Zerbone, conselheiro relator do processo, analisou alguns mercados internacionais. E observou que Colômbia e México tiveram redução da tarifa de rede móvel entre 50% a 60% em apenas um ano. E o Peru, de 70% em 7 anos. Para o conselheiro, há ainda muita controvérsia sobre se o corte no preço da interconexão reduz os lucros e os investimentos das operadoras móveis.

Rodrigo Zerbone analisou alguns mercados internacionais. E observou que Colômbia e México tiveram redução da tarifa de rede móvel entre 50% a 60% em empenas um ano. E o Peru, de 70% em 7 anos. Para o conselheiro, há ainda muita controvérsia sobre se o corte no preço da interconexão reduz os lucros e os investimentos das operadoras móveis.

Conforme a análise da Anatel, o valor do minuto médio de conversação no celular caiu de R$ 0,39 centavos em 2007 para R$ 0,17 em 2012. Zerbone apresenta ainda o desempenho das Vivo e TIM em 2012, quando a agência promoveu a primeira redução na VU-M, para confirmar a convicção de que a redução das tarifas de interconexão não prejudica as operadoras. Ele observou que a margem EBITDA da TIM, cresceu em 2012 26,9% e o lucro líquido, 13,4% em relação a 2020. Já na Telefônica, a receita de serviço móvel cresceu 9,7% no primeiro trimestre de 2012, mesmo com a primeira redução de VU-M.

O valor da VU-M no futuro:
Fonte: Anatel
Anatel - Tabela Modelo de Custos da VU-M
Anatel – Tabela Modelo de Custos da VU-M

terça-feira, 17 de junho de 2014

Intesa e Mediobanca sairão de acordo de acionistas da Telecom Italia

Reuters. segunda-feira, 16 de junho de 2014 14:58 BRT
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Por Danilo Masoni
MILÃO (Reuters) - Os bancos italianos Intesa Sanpaolo e Mediobanca decidiram nesta segunda-feira sair do acordo de acionistas que controla a Telecom Italia, se juntando à Generali e abrindo caminho para novos investidores no grupo italiano de telefonia.
Intesa, Mediobanca e Generali formaram a holding Telco em 2007 com a espanhola Telefónia, com o objetivo de impedir uma oferta de aquisição da norte-americana AT&T e do magnata mexicano Carlos Slim pela Telecom Italia.
No entanto, os parceiros italianos na Telco formalizaram recentemente o desejo de sair do investimento não lucrativo de sete anos para se concentrarem nos seus negócios principais de banco e seguros.
"Nós dissemos que não queremos ser operadores de telecomunicações", disse o presidente do Conselho de Administração do Intesa Sanpaolo, Gian Maria Gros-Pietro, a jornalistas nesta segunda-feira, em evento em Turim.
Num momento de consolidação na indústria de telecomunicações global, as ações sendo vendidas pelos três grupos italianos --que respondem em conjunto por 7,4 por cento do capital da Telecom Italia-- devem atrair interessados.
No entanto, uma fonte familiarizada com a situação disse que as empresas italianas não devem vender suas posições na Telecom Italia para um rival da Telefónica, optando por uma venda gradual das ações em bolsa.
Isso deixaria a Telefónica como o maior investidor na Telecom Italia, com uma participação de quase 15 por cento.
Um competidor interessado poderia ser o magnata egípcio Naguib Sawiris, que recentemente associou um possível investimento de 2 bilhões de euros (2,7 bilhões de dólares) na Telecom Italia com a saída da Telefónica.
O comprador das ações pode ter um papel importante, à medida que o presidente-executivo da Telecom Italia, Marco Patuano, pondera os próximos passos do grupo no Brasil, onde sua unidade TIM Participações concorre com a Telefónica, dona da Vivo.
O investidor ativista Amber Capital, que tem uma participação de menos de 1 por cento, disse que a Telecom Italia deveria reduzir sua exposição ao Brasil.
Os grupos italianos estão deixando agora o acordo de acionistas na Telco porque ele prevê duas chances para isso, uma entre 15 e 30 de junho deste ano e outra de 1o a 15 de fevereiro de 2015.
Para vender suas fatias, os grupos italianos precisam primeiro deixar o acordo de acionistas, em um processo que pode levar seis meses.
Em comunicados separados, Intesa e Mediobanca disseram que pediram formalmente para sair da Telco. A Generali fez um anúncio similar na semana passada, de que decidiu exercer sua opção de saída da holding.

Portabilidade ainda nao funciona

                 Sete anos depois de implementada, persistem as dificuldades com portabilidade numérica

O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) testou como a Claro, a Oi, a TIM e a Vivo agem quando um consumidor pede portabilidade numérica e constatou que, sete anos após a publicação da resolução da Anatel que instituiu o benefício, as dificuldades iniciais permanecem.
As principais falhas das operadoras, segundo o Idec, dizem respeito à informação ao consumidor. Foram constatadas divergências entre a orientação do SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor) e dos atendentes das lojas.
Em três lojas da TIM (duas próprias e uma revendedora), os funcionários disseram que não faziam portabilidade de linhas pré-pagas, o que é proibido pela regulamentação. Em resposta ao Idec, a TIM informou que já reforçou a orientação aos funcionários para que equívocos como a recusa de portabilidade de linha pré-paga e o fornecimento de informações incorretas sobre o prazo, não voltem a ocorrer.
Já com relação à Vivo, a solicitação de portabilidade via SMS não foi concluída. O funcionário da loja informou que seria preciso fazer uma recarga mínima para gerar um número provisório durante o processo de troca de operadora. No dia em que a pesquisadora foi à loja, o valor mínimo dessa recarga era de R$ 35. Somente após ser questionado se não havia outra forma de solicitar a portabilidade, o vendedor informou que era possível comprar um chip numa revendedora (banca de jornal, loja de departamento, farmácia etc.) e fazer o pedido por SMS.
"A exigência de recarga mínima não está prevista no regulamento e tampouco representa requisito necessário à efetivação da portabilidade. Portanto, é uma prática abusiva, pois configura uma vantagem excessiva imposta pela empresa ao consumidor, de acordo com o artigo 39, V, do CDC (Código de Defesa do Consumidor)", argumenta a advogada do Idec Veridiana Alimonti.
De forma geral, todas as operadoras teriam deixado de informar uma série de itens previstos no regulamento da portabilidade, segundo o Idec, como as condições do procedimento (como regras para cancelamento) e as condições do plano para o qual o consumidor vai migrar (custo das chamadas, por exemplo), além de nem sempre informar o número do protocolo da operação.
Prazo não cumprido
As operadoras indicaram o prazo para a portabilidade ser efetivada. Porém, em pelo menos uma ocasião, todas elas disseram que o período poderia ser de até cinco dias úteis, enquanto, atualmente, o regulamento estabelece prazo máximo de três dias úteis. "O período de cinco dias foi aplicado no início da ativação comercial da portabilidade e foi transitório", explica a advogada.
De quatro portabilidades solicitadas durante a pesquisa – uma para cada operadora –, apenas uma foi realizada no dia e na hora marcados e dentro do prazo regulamentar, de três dias úteis: a da Oi para a Claro. A da TIM para a Oi ocorreu em cinco dias úteis, portanto, fora do prazo; e a da Vivo para a TIM, em três dias úteis, mas somente na segunda tentativa (na primeira ocorreu um erro, o que obrigou a pesquisadora a retornar à loja). A portabilidade da Claro para a Vivo – que foi solicitada por meio de SMS – não foi efetivada.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Entidade de teles prevê preço mínimo da faixa de 700 MHz acima de R$ 13 bi


A consulta pública da proposta de regulamento de convivência entre os serviços de TV digital e banda larga móvel 4G foi encerrada esta semana com 236 contribuições. A Ahciet (Asociación Iberoamericana de Centros de Investigación y Empresas de Telecomunicaciones) sustenta que a intenção de começar em março de 2015 a migração da TV analógica, prevendo-se que seja completada em 201,8 é um  período de tempo reduzido, tomando em conta a experiência internacional nesta matéria.

“Prevê-se que o espectro atribuível ao dividendo digital não estará disponível para as operadoras no curto prazo, o que implica que o setor não pode começar com os necessários investimentos para conseguir melhoras na qualidade do serviço 4G”, afirma a entidade. Nesse sentido, sugere uma revisão do calendário de migração analógica visando assegurar uma quantidade mínima de cidades onde possa utilizar-se o referido espectro, sempre antes do início da licitação prevista. A Ahciet prevê gastos de R$ 5 bilhões apenas para a digitalização das emissoras, custos que serão arcados pelas teles, além do valor da faixa, podendo subir para um valor total de  mais de R$ 13 bilhões, o que dificultaria a participação de algumas operadoras.

A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) entende que os critérios para definição das providências de mitigação deverão constar do edital de licitação da faixa de 700 MHz. Além disso, reclama que os testes em campo para identificar interferências, realizado pela Anatel, teve tempo limitado e cobriu apenas 50% das avaliações previstas.

A entidade dos radiodifusores destacou também que a troca das antenas internas por antenas externas de recepção de TV reconhecidas e incentivadas, como conclusão dos testes, requer logística adicional, técnicos especializados, adequação de infraestrutura de distribuição de sinal, e, que, dependendo do tipo de residência, enfrentará conhecidos problemas de encontrar espaço livre para sua instalação e negociar com o condomínio, implicando em demora e custos expressivos aos moradores.