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terça-feira, 20 de novembro de 2012

Nextel demite presidente



A controladora NII Holdings informou que a saída de Sergio Borges Chaia prevê um novo caminho para que a subsidiária atinja as metas e entregue resultados

A NII Holdings, empresa que atua com a marca Nextel em países da América Latina, informou seus investidores que Sergio Borges Chaia não é mais presidente da subsidiária brasileira. A companhia agora começa uma busca para encontrar um novo executivo para o posto. Por hora, Gokul Hemmady, chefe de operações (COO) da NII Holdings, trabalhará juntamente com Claudio Hidalgo, chefe de operações (COO) da Nextel Brasil, supervisionando as operações da subsidiária local até que um sucessor para Chaia seja nomeado.

"Decidimos avançar em uma nova direção para garantir a Nextel Brasil é capaz de executar em suas metas e entregar resultados", disse Steve Dussek, diretor executivo da NII Holdings.

A mudança na presidência da Nextel acontece apenas um mês após a operadora de serviços de telecomunicações anunciar o reforço de sua equipe de executivos no Brasil, quando Claudio Hidalgo deixou a presidência da Nextel Chile para se tornar COO da Nextel BRasil.

A Nextel tem sido destaque na imprensa brasileira por ter se beneficiado do recém lançado Plano Geral de Metas de Competição (PGMC) e pelo pedido de autorização de aquisição da Unicel, em busca por mais faixas de frequência. Os últimos resultados apresentados pela Nextel Brasil, porém, foram ruins e a companhia anunciou uma reestruturação de sua base de clientes. A companhia também tem enfrentado uma série de dificuldades no lançamento de sua rede 3G, prevista para dezembro.

A controvérsia sobre o interesse na aquisição da Unicel se deve ao fato de que esta empresa está atolada em dívidas, não conseguiu entrar em operação comercial e pode ter sua licença cassada pela Anatel, o que não justificaria, na avaliação do mercado, a sua aquisição por qualquer outro investidor.
(Da redação)

Anatel mantem decisao que suspende plano da TIM


Superintendente disse, no entanto, que agência analisará pedido de ampliação de prazo da operadora

Executivos da TIM entregaram nesta segunda-feira (19) a Anatel pedido para prorrogar por mais 10 dias a promoção Infinity Day, que foi suspensa na última sexta-feira pela agência. O argumento da operadora é de que precisa de tempo para preservar a integridade das informações dos usuários e também a plataforma de tarifação. “A reivindicação será analisada, mas por ora continua valendo o que determina a cautelar”, informou o superintendente de Serviços Privados da agência, Bruno Ramos.

No despacho da Anatel, a promoção deveria ser encerrada à meia noite de ontem para os usuários já inscritos e a operadora deveria avisar aos assinantes sobre a decisão da agência no prazo de 24 horas. A promoção em si foi suspensa sexta-feira, até que a TIM prove a capacidade de sua rede para atender o aumento do tráfego gerado pelo novo plano, que garantia ligações ilimitadas on net a R$ 0,50 por dia.

Na sexta-feira, a operadora teve negado seu pedido de liminar na Justiça Federal de Brasília de sustar a decisão da Anatel. Na argumentação, a operadora afirma que a agência estaria produzindo exagerada intervenção em serviço privado, violando o princípio da livre concorrência

TIM suspenderá promoção Infinity Day, mas quer prazo maior



abstrata 05A operadora TIM informou em nota que tomou conhecimento e cumprirá a decisão judicial que reitera a medida da Anatel do dia 16 sobre a suspensão da promoção Infinity Day. A empresa do grupo Telecom Itália, no entanto, ressaltou também que, devido a condições técnicas documentadas, irá solicitar à agência reguladora nesta segunda-feira (19), que os prazos definidos na medida sejam ampliados, "a fim de que suas determinações sejam colocadas em vigor preservando a integridade das informações dos usuários e também a plataforma de tarifação". A TIM também infromou que entregará à agência dados adicionais sobre a infraestrutura de suporte do serviço e uma proposta de acompanhamento técnico e conjunto da evolução da promoção.


A Anatel determinou que os valores anunciados pela promoção "Infinity Day" - cobrança diária de R$ 1, 00 por tráfego de voz (R$ 0,50 para as chamadas locais; e mais R$ 0,50 para chamadas de longa distância) de TIM para TIM - fossem praticados até às 23:59h do dia 18 de novembro de 2012, "de modo a evitar lesão a direitos dos usuários".

Pela determinação da Agência, a TIM Celular teria 24h, a partir da notificação do despacho emitido dia 16, para enviar aos seus usuários uma mensagem de texto comunicando a suspensão da Promoção denominada "Infinity Day". Além disso, até dia 26 de novembro, a operadora deveria divulgar comunicado nos mesmos veículos e no mesmo formato em que noticiou a promoção, informando a suspensão pela Anatel. A TIM terá dez dias para entregar documentos comprobatórios do cumprimento das exigências.

Em até 30 dias, a TIM deverá apresentar, por meio de estudo complementar, ajustes ao Plano, a serem analisados pela Anatel, com dados objetivos capazes de demonstrar se a capacidade de suas redes é adequada à promoção Infinity Day.

A TIM alega que o Plano de Melhoria aprovado pela Anatel em agosto, em virtude da paralisação das vendas decretada pela Anatel em julho, já previa o desenvolvimento da promoção. Mas, "mesmo assim, a TIM adotou a decisão de lançá-la por prazo inicial determinado de 2 meses em parcelas do território nacional (18 áreas selecionadas), que representam cerca de 20% do universo de nossos usuários, em locais onde existem oportunidades de crescimento e infraestrutura com grande capacidade".

A operadora afirmou em nota que a suspensão da promoção decretada pela Agência desconsiderou "fatores relevantes". Segundo a TIM, "não existe qualquer potencial de instabilidade da rede em nossa oferta, sendo a capacidade de rede nas 18 áreas selecionadas superior no mínimo em 30% ao tráfego projetado", sendo que "o Infinity Day já teve uma área de testes no Rio Grande do Sul com preço menor sem causar qualquer instabilidade na rede".

De acordo com a companhia da Telecom Itália, "demais operadoras de telefonia móvel já oferecem promoções regionais muito mais agressivas de Infinity Day e continuam sua comercialização normalmente, sem que tenham havido suspensões para avaliação de potencial impacto na rede".

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Ministro das Comunicações comemora aprovação do PGMC



Para Bernardo, as próprias operadoras gostaram do que saiu já que não reclamaram.

A aprovação do Plano Geral de Metas de Competição (PGMC) pela Anatel na semana passada foi comemorada pelo ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. Para ele, com esta é a primeira vez que a agência regula realmente o mercado de atacado, a relação entre as empresas que atuam no setor de telecomunicações, “antes tratada de passagem no regulamento de EILD [Exploração Industrial de Linha Dedicada]”, disse.

Na opinião do ministro, as empresas também estão comemorando a nova regra, em função do silêncio das operadoras sobre o tema. “O que foi aprovado saiu menos duro do que elas estavam esperando e foi assim porque a Anatel ouviu todas as ponderações e optou por medidas que vão dar resultado”, avalia. Ele acredita que se não tivessem gostado, as teles estariam fazendo o maior “barulho”.

Bernardo diz que a obrigatoriedade de compartilhamento das redes mais antigas dará nova dinâmica ao mercado, enquanto que a opção pelo feriado regulatório de nove anos para as redes de alta performance assegurará novos investimentos em fibras ópticas. Também elogiou a solução para resolução de conflito e a necessidade de as operadoras apresentarem ofertas públicas de atacado, com a definição de preços.

O ministro também considera que a queda da VU-M prevista na regra reduzirá o estímulo para ligações entre usuários da mesma operadoras, o efeito “clube”, e espera que, a partir de 2014, quando entrar em vigor o modelo de custos, essa tarifa caia para aproximadamente R$ 0,10. Ele também acredita que o resultado da aplicação do novo regulamento trará mais competição e, consequentemente, preços mais baixos para os usuários.

Mídia eletrônica

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, voltou a defender a necessidade de revisar o marco regulatório da mídia eletrônica, mas discorda de que isso possa ser usado para combater o que sai na mídia, especialmente na imprensa. “Uma lei de meios não pode mexer com a Veja, mexer com a Folha, não pode mexer com o Estadão e eu sou contra que mexa com a internet também. Mas deve regular o que a Constituição trata de rádio e televisão", disse.

Para Bernardo, a regulação do direito de resposta é democrática, mas não faz parte da revisão do marco legal da mídia eletrônica. “Não podemos receitar um remédio que não é adequado e que também não será aceito”, disse o ministro. Ele insiste que a Constituição não prevê e não permite que o governo controle conteúdo de publicações e de peças da mídia e de radiodifusão,"isso está resolvido”, completou.