Estes investimentos demonstram a aposta que a Telefônica tem no país”, afirma o presidente do grupo no Brasil, Antonio Carlos Valente. Ele ressalta que a aquisição permite que a empresa passe a ter operação fixa fora do estado de São Paulo, “que trará benefícios à sociedade brasileira”.
A Telefônica divulgou hoje ao mercado brasileiro fato relevante com detalhes de toda a operação de compra da GVT e de como ficará o mercado brasileiro após a fusão. Conforme o comunicado, esta aquisição irá trazer sinergia ao grupo de pelo menos 4,7 de euros (R$ 14,1 bilhões) a valor presente líquido, com economias líquidas a partir do primeiro ano de integração. A assinatura do acordo definitivo entre a espanhola e a francesa Vivendi está prevista para novembro deste ano, com a conclusão de todo o processo (aprovação pelas assembleias gerais e manifestação das agências regulatórias e concorrências) em meados de 2015.
“Estes investimentos demonstram a aposta que a Telefônica tem no país”, afirma o presidente do grupo no Brasil, Antonio Carlos Valente. Ele ressalta que a aquisição permite que a empresa passe a ter operação fixa fora do estado de São Paulo, “que trará benefícios à sociedade brasileira”.
A economia virá tanto do lado da operação e das receitas como também no aspecto financeiro e fiscal. As sinergias operacionais somarão 2,3 bilhões de euros ( R$ 6,9 bilhões) na rede, custos diretos, gastos administrativos e de vendas (SG&A), Opex (custos operacionais) e Capex (investimentos). Neste quesito, a maior economia virá com os custos operacionais, no valor de 1,3 bilhão de euros ( R$ 3,9 bilhões). As economias em receitas serão de 900 milhões de euros. Já as economias financeiras e fiscais somarão mais 1,5 bilhão de euros ( R$ 4,5 bilhões) .
Market Share
A integração das operações, ressalta o grupo espanhol, trará um novo arranjo no mercado brasileiro de telecomunicações. Em acessos de voz fixa, o grupo passará para a segunda posição, com 15,066 milhões de clientes, perdendo apenas para a Oi, que tem 17,2 milhões de acessos. Hoje, a Telefônica ocupa a terceira posição e a GVT, a quarta. Mantém-se líder no segmento móvel, com 78,4 milhões de clientes.
Os ganhos mais importantes virão na TV paga e na banda larga. Na TV por assinatura, a Telefônica Vivo é a lanterna, com apenas 645 mil de clientes, atrás até mesmo da GVT, que tem hoje 753 mil de assinantes. Passará a ocupar a terceira posição, atrás do grupo América Móvil e Sky.
Na banda larga fixa, também passará a ser um dos líderes, ocupando a segunda posição. Conforme os números do primeiro trimestre de 2014, Telefônica ocupa a terceira posição e a GVT a quarta. Juntas, ficarão em segundo lugar, atrás apenas do grupo América Móvil, que tem 6,82 milhões de assinantes. A empresa integrada passaria a ter 6,566 milhões de clientes.
O acordo
O acordo firmado ontem entre a Telefônica Brasil e a francesa Vivendi, para a aquisição de 100% da GVT pelo valor de 7,45 bilhões de euros (R$ 22,350 bilhões) prevê uma combinação de dinheiro e participação acionária na Telefônica Brasil ampliada de 4,66 bi de euros (R$ 13,98 bilhões) em dinheiro, financiado através de um aumento de capital na Telefônica Brasil e 12% de participação acionária na Telefônica Brasil ampliada (posterior ao aumento de capital).
A Telefónica ofereceu ainda à Vivendi a oportunidade de trocar uma participação de 4,5% na Telefônica Brasil ampliada em troca de uma participação votante de 8,3% na Telecom Italia , detida pela Telefónica.Vivendi deverá decidir no momento da assinatura dos contratos definitivos se deseja receber as ações da Telecom Italia. Na primeira opção, a Telefônica ficará com 65% das ações da nova Telefônica Brasil ampliada ( 81% ações ordinárias e 57% preferenciais) e a Vivendi fica com 12% de ações ordinárias e 12% de ações preferenciais. Na segunda hipótese, o grupo espanhol fica com 70% da Telefônica do Brasil e o grupo francês, com 7,4%.
Nenhum comentário:
Postar um comentário