segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
GVT atrai quatro propostas de compra
Maior valor, perto de 6 bi, não agradou a controladora Vivendi, que espera ao menos 7 bi
A Telecom Italia não fará uma oferta pela GVT, da Vivendi, já que se prepara para rejeitar proposta de aumento de capital feita pelo empresário egípcio Naguib Sawiris, publicou o jornal Il Sole 24, nesta quarta-feira.
“A Telecom (Italia) desistiu da ideia de apresentar uma oferta não vinculante (pela GVT)”, afirmou o jornal sem citar quais eram as fontes.
Segundo o jornal, o prazo para as ofertas não vinculantes preliminares já teria expirado e houve um total de quatro propostas, todas abaixo de 6 bilhões e nenhuma de operadores de telefonia.
Fontes disseram à Reuters que a Vivendi está tentando obter ao menos 7 bilhões pela operadora brasileira e que a Telecom Italia é uma das quatro que tinham acessado documentos sobre a GVT. O prazo para as ofertas não vinculantes preliminares é por volta do fim deste ano, segundo informaram as mesmas fontes.
Na terça-feira, o egípcio Sawiris disse que propôs assumir uma participação na Telecom Italia por meio de uma injeção de 3 bilhões na empresa, que seria aberta a todos os acionistas e adotaria mais ou menos o preço de mercado, 0,70 por ação. Os principais acionistas avaliam cada ação a 1,50. Representantes da controladora da TIM Participações não estavam disponíveis para comentar se está se preparando para rejeitar a proposta de aumento de capital de Sawiris.
Corte de custos
Enquanto a situação da GVT não se define, sua controladora Vivendi segue cortando custos. Ontem, a SFR, unidade de telecomunicações do grupo, anunciou que planeja cortar 856 empregos através de um programa de demissão voluntária, em meio à reestruturação para driblar a concorrência mais acirrada. A SFR vai se reunir com representantes sindicais na segunda-feira para negociar os termos. Na prática, a empresa vai eliminar 1.123 empregos e criar 267 posições em áreas relacionadas à Internet.
domingo, 16 de dezembro de 2012
Anatel promove seminário sobre modelo de custos
Anatel promove seminário sobre modelo de custos
29 de Novembro de 2012
A Anatel promove no próximo dia 18 de dezembro, em sua Sede, em Brasília, o Seminário Internacional sobre Modelagem de Custos. O evento tem como objetivo apresentar um panorama do desenvolvimento do modelo de custos na região das Américas e no Brasil. As inscrições são gratuitas, abertas a quaisquer interessados e podem ser efetuadas por meio de formulário disponível na página da Agência na internet.
Em agosto do ano passado, a Agênca lançou o Projeto Modelo de Custos, com a assinatura do contrato com o consórcio Advisia, Analysis Mason, Grant Thornton, responsável pela execução do trabalho de apoio à Anatel. O consórcio venceu licitação internacional realizada pela União Internacional de Telecomunicações (UIT).
O modelo é de fundamental relevância para a Anatel no cumprimento das políticas públicas setoriais, pois permitirá acesso às informações gerenciais de custos das diferentes áreas de negócio e linhas de produtos das prestadoras de serviços de telecomunicações, o que contribuirá para o aperfeiçoamento da regulação do setor como um todo.
Programação
08h30 - 09h30
|
Registro de delegados
|
09h30- 10h
|
Cerimônia de abertura
João Rezende, presidente da Anatel
Paulo Bernardo, ministro das Comunicações
Marilda Moreira, superintendente executiva da Anatel
|
Parte 1:
Políticas tarifárias e modelização de custos: prática e tendências na região das Américas
| |
10h - 10h45
|
Sessão 1:
Processo de implementação de modelo de custos em telecomunicações: uma visão geral
Antonio García Zaballos
Conselheiro senior no setor de telecomunicações na Divisão de Ciência e Tecnologia do Banco Interamericano de Desenvolvimento. Foi chefe de gabinete de estudos econômicos da regulação na Telefônica da Espanha e subdiretor de análises econômicas e de mercado na CMT (órgão regulador da Espanha). É Doutor em Economia pela Universidad Carlos III em Madri e professor de finanças no Instituto de Empresa. É autor de diversas publicações sobre aspectos econômico-regulatórios aplicados ao setor das telecomunicações.
|
10h45 - 11h Intervalo
| |
11h - 11h50
|
Sessão 2:
Modelo de custos: o contexto do Brasil
Helio Miranda da Fonseca
Especialista em regulação da Anatel desde 2005. É Mestre em Engenharia pela COPPE/UFRJ e doutorando em Economia na Universidade de Brasília (UNB). Atualmente trabalha com avaliação econômica, tarifas, modelo de custos e competição no mercado de telecomunicação. É responsável pela coordenação e implementação do modelo de custos na Anatel.
|
Intervalo para almoço
| |
Parte 2:
Informações sobre o modelo que se está desenvolvendo para o Brasil
| |
14h - 14h45
|
Sessão 3:
Desenvolvimento dos modelos top-down e bottom-up: visão geral e desafios de implementação
Alessandro Laudares
Sócio fundador da Advisia Management Consulting, trabalhou em suporte à modelagem FAC-HCA e cálculo de VU-M para operadora móvel, análise do impacto para migração SMP, construção de diversos business cases para definição de estratégia de participação em leilões de frequência, business plan para entrante, definição de estratégia de negócios e orçamento para operadora móvel, business case para phase-out de TDMA e análise do mercado corporativo de telecom no Brasil. É engenheiro de computação pela UNICAMP, com extensão na Universidad Pontificia Comillas (Espanha) e Eindhoven University of Technology (Holanda), com pós-graduação em Administração pela Faculdade Getúlio Vargas.
Daniel Wada
Sócio da Advisia Management Consulting, trabalhou em estratégia e reestruturação pós-privatização de uma operadora nacional, estratégia de convergência entre as diferentes unidades de negócios de uma operadora, business plan para nova entrante no Brasil, otimização organizacional e de força de vendas de uma operadora, segmentação de mercado e estratégia de entrada no mercado corporativo de telecomunicações. É engenheiro pela UNICAMP, com MBA pela Columbia Business School.
|
14h45 - 15h30
|
Sessão 4:
Desenvolvimento e implementação dos modelos top-down FAC-HCA, FAC-CCA e LRIC
Ricardo Ikeda
Consultor associado da Advisia Management Consulting, atuou no desenvolvimento do Form 20-F da Telefônica, desenvolvimento de controles na implementação do SAP do Grupo Telefônica, e análise de viabilidade e impactos na implementação de custeio ABC em diversas empresas. Foi consultor, em diversas empresas, para implementação e revisão de sistemas de custeio e controle contábeis, incluindo ABC, ABM e BSC. Atuou como consultor externo para o Banco Interamericano de Desenvolvimento. É graduado, com mestrado e doutorado em Contabilidade (USP), coordenador e professor do curso de Contabilidade da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e professor de curso de MBA da FIPECAFI.
Daniel Wada
Sócio da Advisia Management Consulting, trabalhou em estratégia e reestruturação pós-privatização de uma operadora nacional, estratégia de convergência entre as diferentes unidades de negócios de uma operadora, business plan para nova entrante no Brasil, otimização organizacional e de força de vendas de uma operadora, segmentação de mercado e estratégia de entrada no mercado corporativo de telecomunicações. É engenheiro pela UNICAMP, com MBA pela Columbia Business School.
|
Intervalo
| |
15h45 - 16h30
|
Sessão 5:
Construção de modelos hipotéticos para uma empresa eficiente: a relevância do modelo bottom-up
Paulina Pastor
É gerente sênior da Analysys Mason, integrante do consórcio da Advisia Management Consulting. Trabalhou em modelagem de custos e contabilidade regulatória no setor de telecomunicações, análise de tarifas de atacado e varejo, análise de competitividade do mercado, em projetos na Europa, Oriente Médio e Oceania, projetos de business planning, benchmarking, estratégia de entrada em mercados e orçamentação. É graduada em Administração pela Universidad Complutense de Madrid (Espanha), com MBA pela IESE/Universidad de Navarra (Espanha).
Daniel Wada
Sócio da Advisia Management Consulting, trabalhou em estratégia e reestruturação pós-privatização de uma operadora nacional, estratégia de convergência entre as diferentes unidades de negócios de uma operadora, business plan para nova entrante no Brasil, otimização organizacional e de força de vendas de uma operadora, segmentação de mercado e estratégia de entrada no mercado corporativo de telecomunicações. É engenheiro pela UNICAMP, com MBA pela Columbia Business School.
|
16h30 - 17h15
|
Sessão 6:
Construção de modelos hipotéticos para uma empresa eficiente: técnicas de previsão da demanda
Eduardo Moreno
Consultor associado da Advisia Management Consulting. Trabalhou em algumas das maiores operadoras do país (Claro, Telemig e Amazônia Celular, Brasil Telecom). Liderou a operação e implantação de várias redes, incluindo a primeira rede 3G - UMTS (voz, dados e serviços) do país. Atuou como pesquisador e gestor de pesquisas e desenvolvimento em telecomunicações. Representou o Brasil em diversos fóruns internacionais, incluindo o UN-ITU TG8/11, que definiu os sistemas 3G. Foi consultor/conselheiro em algumas das principais empresas de tecnologia de telecomunicações, incluindo fornecedores, operadoras, centros de pesquisa e investidores. É engenheiro eletrônico/telecomunicações pela UNICAMP, possui MBA pela FGV, pós-graduação em Telecomunicações pela UNICAMP, em Economia de Telecomunicações pela USP e especialização na Harvard Business School.
Daniel Wada
Sócio da Advisia Management Consulting, trabalhou em estratégia e reestruturação pós-privatização de uma operadora nacional, estratégia de convergência entre as diferentes unidades de negócios de uma operadora, business plan para nova entrante no Brasil, otimização organizacional e de força de vendas de uma operadora, segmentação de mercado e estratégia de entrada no mercado corporativo de telecomunicações. É engenheiro pela UNICAMP, com MBA pela Columbia Business School.
|
17h15 - 17h45
|
Considerações finais e encerramento do Seminário
|
sábado, 15 de dezembro de 2012
Ciena aposta em parceria com operadoras para atingir mercado corporativo
- Publicado em Segunda, 10 Dezembro 2012 10:00
- Escrito por Marina Pita
Neste ano, as operadoras de serviços de telecomunicações começaram a oferecer serviços por meio de fibra óptica nos domicílios (Fiber To The Home) que lhe garante velocidade. Ademais, as empresas precisam de redes de fibra bem estruturadas para escoar o tráfego gerado pela ampliação da conexão móvel. No entanto, o orçamento disponível para investimento em nova infraestrutura não aumentou na mesma proporção da alta na demanda. Neste cenário, as empresas buscam ganhar capacidade de tráfego, sem necessariamente trocar as redes de fibra instaladas pelo país, algumas com dez anos. Para isso, precisam ser precisas na compra de tecnologia.
Com soluções para reabilitar redes de fibra óptica instaladas no país há dez anos, a Ciena quer mostrar que pode ajudar as operadoras de telecomunicações a vencerem este desafio. “Temos comprovado nossa capacidade em incrementar a capacidade de transmissão e a velocidade no mesmo par de fibras, e as empresas vêem valor nisso”, explica Patricia Vello, diretora de vendas da companhia no Brasil, referindo-se à tecnologia WaveLogic, que permite fibras de 10G transmitirem 40G ou 100G.
Na avaliação de Vello, a disponibilidade deste tipo de tecnologia, juntamente ao momento de estabilidade da empresa no país, possibilitará à Ciena ganhar participação de mercado no Brasil em 2012 e 2013. “Em 2010, compramos a tecnologia de fibra óptica da Nortel do Brasil, mas não a empresa. Então o desafio era construir a companhia e abrir mercado. Agora a Ciena está estabilizada e o objetivo é melhorar nossa posição no mercado”, diz ela.
O Brasil é um dos mercados-foco da Ciena, de acordo com relatório dos resultados financeiros da companhia no terceiro trimestre do ano, citado juntamente com Oriente Médio, Rússia, Japão e Índia.
Para competir com fornecedores como a chinesa Huawei, a francesa Alcatel-Lucent e a americana Cisco, a Ciena busca apoio em operadoras, com quem tem desenvolvido parcerias. “Este ano estamos usando operadoras para penetrar no mercado corporativo, além dos três canais parceiros”, explica Vello. A oferta de soluções de rede por meio das operadoras de serviços de telecomunicações é uma estratégia importante no Brasil porque as empresas do segmento estão, cada vez mais, trabalhando para agregar valor e se transformarem em fornecedores também de serviços, além de venderem capacidade de rede, se transformando em integradores.
Entre as operadoras parceiras da Ciena nesta estratégia, no mundo, está a British Telecom (BT), a Verizon e a Mobilis (com atuação no Oriente Médio). Por aqui, a lista de operadoras ainda é mantida em sigilo.
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
Fundo P2 Brasil cria empresa para alugar antenas às teles
Convergencia Digital
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012, 16h26
terça-feira, 20 de novembro de 2012
Nextel demite presidente
- Tele.sintese, Publicado em Segunda, 19 Novembro 2012 12:33
A NII Holdings, empresa que atua com a marca Nextel em países da América Latina, informou seus investidores que Sergio Borges Chaia não é mais presidente da subsidiária brasileira. A companhia agora começa uma busca para encontrar um novo executivo para o posto. Por hora, Gokul Hemmady, chefe de operações (COO) da NII Holdings, trabalhará juntamente com Claudio Hidalgo, chefe de operações (COO) da Nextel Brasil, supervisionando as operações da subsidiária local até que um sucessor para Chaia seja nomeado.
"Decidimos avançar em uma nova direção para garantir a Nextel Brasil é capaz de executar em suas metas e entregar resultados", disse Steve Dussek, diretor executivo da NII Holdings.
A mudança na presidência da Nextel acontece apenas um mês após a operadora de serviços de telecomunicações anunciar o reforço de sua equipe de executivos no Brasil, quando Claudio Hidalgo deixou a presidência da Nextel Chile para se tornar COO da Nextel BRasil.
A Nextel tem sido destaque na imprensa brasileira por ter se beneficiado do recém lançado Plano Geral de Metas de Competição (PGMC) e pelo pedido de autorização de aquisição da Unicel, em busca por mais faixas de frequência. Os últimos resultados apresentados pela Nextel Brasil, porém, foram ruins e a companhia anunciou uma reestruturação de sua base de clientes. A companhia também tem enfrentado uma série de dificuldades no lançamento de sua rede 3G, prevista para dezembro.
A controvérsia sobre o interesse na aquisição da Unicel se deve ao fato de que esta empresa está atolada em dívidas, não conseguiu entrar em operação comercial e pode ter sua licença cassada pela Anatel, o que não justificaria, na avaliação do mercado, a sua aquisição por qualquer outro investidor.
(Da redação)
Anatel mantem decisao que suspende plano da TIM
- Publicado em Segunda, 19 Novembro 2012 18:13
- Escrito por Lúcia Berbert
Executivos da TIM entregaram nesta segunda-feira (19) a Anatel pedido para prorrogar por mais 10 dias a promoção Infinity Day, que foi suspensa na última sexta-feira pela agência. O argumento da operadora é de que precisa de tempo para preservar a integridade das informações dos usuários e também a plataforma de tarifação. “A reivindicação será analisada, mas por ora continua valendo o que determina a cautelar”, informou o superintendente de Serviços Privados da agência, Bruno Ramos.
No despacho da Anatel, a promoção deveria ser encerrada à meia noite de ontem para os usuários já inscritos e a operadora deveria avisar aos assinantes sobre a decisão da agência no prazo de 24 horas. A promoção em si foi suspensa sexta-feira, até que a TIM prove a capacidade de sua rede para atender o aumento do tráfego gerado pelo novo plano, que garantia ligações ilimitadas on net a R$ 0,50 por dia.
Na sexta-feira, a operadora teve negado seu pedido de liminar na Justiça Federal de Brasília de sustar a decisão da Anatel. Na argumentação, a operadora afirma que a agência estaria produzindo exagerada intervenção em serviço privado, violando o princípio da livre concorrência
TIM suspenderá promoção Infinity Day, mas quer prazo maior
- Publicado em Segunda, 19 Novembro 2012 11:22
- Escrito por Marina Pita
A Anatel determinou que os valores anunciados pela promoção "Infinity Day" - cobrança diária de R$ 1, 00 por tráfego de voz (R$ 0,50 para as chamadas locais; e mais R$ 0,50 para chamadas de longa distância) de TIM para TIM - fossem praticados até às 23:59h do dia 18 de novembro de 2012, "de modo a evitar lesão a direitos dos usuários".
Pela determinação da Agência, a TIM Celular teria 24h, a partir da notificação do despacho emitido dia 16, para enviar aos seus usuários uma mensagem de texto comunicando a suspensão da Promoção denominada "Infinity Day". Além disso, até dia 26 de novembro, a operadora deveria divulgar comunicado nos mesmos veículos e no mesmo formato em que noticiou a promoção, informando a suspensão pela Anatel. A TIM terá dez dias para entregar documentos comprobatórios do cumprimento das exigências.
Em até 30 dias, a TIM deverá apresentar, por meio de estudo complementar, ajustes ao Plano, a serem analisados pela Anatel, com dados objetivos capazes de demonstrar se a capacidade de suas redes é adequada à promoção Infinity Day.
A TIM alega que o Plano de Melhoria aprovado pela Anatel em agosto, em virtude da paralisação das vendas decretada pela Anatel em julho, já previa o desenvolvimento da promoção. Mas, "mesmo assim, a TIM adotou a decisão de lançá-la por prazo inicial determinado de 2 meses em parcelas do território nacional (18 áreas selecionadas), que representam cerca de 20% do universo de nossos usuários, em locais onde existem oportunidades de crescimento e infraestrutura com grande capacidade".
A operadora afirmou em nota que a suspensão da promoção decretada pela Agência desconsiderou "fatores relevantes". Segundo a TIM, "não existe qualquer potencial de instabilidade da rede em nossa oferta, sendo a capacidade de rede nas 18 áreas selecionadas superior no mínimo em 30% ao tráfego projetado", sendo que "o Infinity Day já teve uma área de testes no Rio Grande do Sul com preço menor sem causar qualquer instabilidade na rede".
De acordo com a companhia da Telecom Itália, "demais operadoras de telefonia móvel já oferecem promoções regionais muito mais agressivas de Infinity Day e continuam sua comercialização normalmente, sem que tenham havido suspensões para avaliação de potencial impacto na rede".
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
Ministro das Comunicações comemora aprovação do PGMC
- Tele.sintese,
- Publicado em Quarta, 07 Novembro 2012 13:13
- Escrito por Lúcia Berbert
A aprovação do Plano Geral de Metas de Competição (PGMC) pela Anatel na semana passada foi comemorada pelo ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. Para ele, com esta é a primeira vez que a agência regula realmente o mercado de atacado, a relação entre as empresas que atuam no setor de telecomunicações, “antes tratada de passagem no regulamento de EILD [Exploração Industrial de Linha Dedicada]”, disse.
Na opinião do ministro, as empresas também estão comemorando a nova regra, em função do silêncio das operadoras sobre o tema. “O que foi aprovado saiu menos duro do que elas estavam esperando e foi assim porque a Anatel ouviu todas as ponderações e optou por medidas que vão dar resultado”, avalia. Ele acredita que se não tivessem gostado, as teles estariam fazendo o maior “barulho”.
Bernardo diz que a obrigatoriedade de compartilhamento das redes mais antigas dará nova dinâmica ao mercado, enquanto que a opção pelo feriado regulatório de nove anos para as redes de alta performance assegurará novos investimentos em fibras ópticas. Também elogiou a solução para resolução de conflito e a necessidade de as operadoras apresentarem ofertas públicas de atacado, com a definição de preços.
O ministro também considera que a queda da VU-M prevista na regra reduzirá o estímulo para ligações entre usuários da mesma operadoras, o efeito “clube”, e espera que, a partir de 2014, quando entrar em vigor o modelo de custos, essa tarifa caia para aproximadamente R$ 0,10. Ele também acredita que o resultado da aplicação do novo regulamento trará mais competição e, consequentemente, preços mais baixos para os usuários.
Mídia eletrônica
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, voltou a defender a necessidade de revisar o marco regulatório da mídia eletrônica, mas discorda de que isso possa ser usado para combater o que sai na mídia, especialmente na imprensa. “Uma lei de meios não pode mexer com a Veja, mexer com a Folha, não pode mexer com o Estadão e eu sou contra que mexa com a internet também. Mas deve regular o que a Constituição trata de rádio e televisão", disse.
Para Bernardo, a regulação do direito de resposta é democrática, mas não faz parte da revisão do marco legal da mídia eletrônica. “Não podemos receitar um remédio que não é adequado e que também não será aceito”, disse o ministro. Ele insiste que a Constituição não prevê e não permite que o governo controle conteúdo de publicações e de peças da mídia e de radiodifusão,"isso está resolvido”, completou.
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
Anatel adia reunião de conciliação sobre EILD
TELESINTESE, Publicado em Terça, 23 Outubro 2012 18:42
A primeira reunião de conciliação entre a Embratel contra Oi e Telefônica/Vivo para adaptação dos contratos de EILD (Exploração Industrial de Linha dedicada) ao novo regulamento, marcada para esta terça-feira (23), foi adiada. A Oi obteve liminar na justiça suspendendo a arbitragem. A Telefônica/Vivo também apresentou pedido de reconsideração contra a reunião de conciliação, mas na própria Anatel.
Com o adiamento, a reunião ocorrerá após a aprovação do Plano Geral de Metas de Competição (PGMC), cuja votação está prevista para o dia 1º de novembro. Mas para que aconteça, a agência terá que cassar a liminar.
A Oi alega que informou à Embratel na semana passada sua concordãncia na adaptação dos contratos e mandou nova minuta. Informou à Anatel que não faria mais sentido a reunião, pois não havia mais o conflito suscitado. Mas a Embratel não concordou em adaptar os contratos nos termos propostos, mesmo em condições mais favoráveis, pois queria redução de preços, especialmente nas EILD de Longa Distância, sustenta a operadora brasileira.
A Oi então foi à justiça federal para não ter seus preços livremente contratados "comprimidos por decisão administrativa". Ainda mais com o argumento de que a Embratel é uma incumbent no mercado de LDN (Longa Distância Nacional).
Entenda o caso
A Anatel publicou no primeiro semestre um novo regulamento estabelecendo novas condições para as empresas que detêm PMS (Poder de Mercado Significativo) fazerem suas ofertas de banda larga no atacado para as empresas que precisam de suas redes.
Telefônica e Oi recorreram do regulamento administrativamente, recurso que não foi acatado pelo conselho diretor da Anatel. As demais operadoras pedem para mudar os atuais contratos e assinar outros contratos conforme as novas regras, que estabelecem preços mais baixos e melhores condições para as entrantes. As concessionárias questionam se precisam mudar esses contratos antes do final se sua vigência.
A Telefônica/Vivo argumenta que EILD é um serviço privado, e por isto, a Anatel não pode estabelecer preços. A Oi, por sua vez, diz também que o Plano Geral de Metas de Competição (PGMC) está prestes a ser aprovado, e ele pode mudar o conceito do que é empresa com poder de mercado significativo (PMS), afetando alguns desses contratos. Pelo regulamento atual, as concessionárias têm PMS em todo o território brasileiro. Pela proposta de PGMC, não haverá PMS nas cidades onde há mais de três ou quatro redes (a Anatel ainda não bateu o martelo sobre este item).
Para técnicos da agência, no entanto, o regulamento que vale é o atual, independentemente se haverá mudanças no futuro. E a tendência é que a arbitragem dê ganho de causa às entrantes. Mas a queda de braço deve continuar.(Da redação).
terça-feira, 23 de outubro de 2012
TIM diz à Anatel que concessionárias não estão cumprindo novas regras para EILD
teletime
terça-feira, 23 de outubro de 2012, 19h35
A TIM diz estar tentando incessantemente negociar a oferta de EILD com as empresas detentoras de Poder de Mercado Significativo, mas sem ter qualquer avanço nesse sentido. A operadora elogia o Regulamento de EILD aprovado pela Anatel e os dispositivos trazidos por ele, como a tabela de preços de referência, que está valendo desde o dia 21 de maio. Para a TIM, as operadoras com PMS se recusam a cumprir a regulamentação e ainda estão exigindo reajuste nos contratos antigos, que deveria agora, segundo a TIM, obedecer às novas regras. No caso da Oi, diz a TIM, o reajuste solicitado é de 5,66%. Outro aspecto trazido pela TIM aos conselheiros é o fato de que, ao desativar contratos de EILD por já ter rede própria, a TIM estaria sendo cobrada pelas concessionárias pela rescisão contratual. A TIM argumenta que de um lado não consegue negociar a capacidade de EILD nos novos termos previstos pela regulamentação e, de outro, ao passar a adotar soluções próprias de rede, é onerada com multas contratuais fora de "patamares de razoabilidade". A operadora lembra ainda que a reforma na regulamentação de EILD veio no mesmo conjunto de reformas regulatórias que previu a redução parcial da VU-M. No entendimento da TIM, as mudanças deveriam se compensar, pelo menos em parte, o que não está acontecendo. A operadora pede, portanto, uma intervenção do Conselho Diretor e da Superintendência de Serviços Privados, tendo em vista a reunião de composição de conflitos com o Grupo Oi, a ser realizada no dia 30 de outubro de 2012. |
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
Nextel lança serviço de postagem de voz via rádio no Facebook
Qua, 17 de Outubro de 2012 19:35 |
Versão beta já está disponível sem custo adicional. A Nextel anunciou nesta quarta-feira (17) uma nova ferramenta de interação nas mídias sociais. Após o lançamento do serviço de postagem de áudio no Twitter, agora os clientes da empresa poderão enviar mensagens de voz via rádio de até 30 segundos diretamente para o Facebook.
A
novidade, segundo a empresa, demonstra a importância do Push-to-Talk
(PTT) para os negócios da operadora e faz parte dos investimentos em
inovação. A plataforma de serviços integrados às redes sociais promete
simplicidade: por meio de um único toque, os clientes chamam o ID
50*10*10 do aparelho, gravam a mensagem e o link com o áudio e
transcrição do conteúdo irá diretamente para a página do usuário.
Para utilizar o serviço, é necessário que o cliente
seja usuário de smartphone Nextel e tenha pacote de dados. A ativação é
realizada após cadastro no site pushtonextel.com.br, vinculando a conta à rede social.
“O serviço de postagem de voz no Facebook via rádio
comprova o potencial da tecnologia Push-to-Talk para continuar a
evoluir e oferecer novas formas de comunicação”, pondera John Smith,
gerente de produtos de voz da Nextel. “É uma rica experiência, que traz
uma maior proximidade com o interlocutor, além de ampliar a interação
dos usuários na rede social, pois os clientes poderão interagir com o
Facebook sem a necessidade de estarem conectados.”
Mais novidades
O serviço de postagem de voz no Twitter, lançado em fevereiro de 2011 e que também integra a plataforma Push to Nextel, passa a contar com a transcrição da mensagem. A ferramenta para o microblog segue o mesmo processo do Facebook. O cliente chama o número 50*5*5, gravar a mensagem e o link com o áudio e a transcrição irá para a página no Twitter.
Os serviços de postagem de áudio via rádio Nextel
diretamente nas redes sociais foram desenvolvidos pela Nextel Brasil em
parceria com a NII Holdings. Em breve, a tecnologia também será
oferecida em outros países nos quais a empresa atua.
|
sábado, 13 de outubro de 2012
Telefónica vende gigante do call center a fundo dos EUA
Afetada pela crise, tele espanhola quer reduzir dívida de € 57,1 bi; call center é o 2º do mundo e emprega 85 mil no Brasil COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Com uma dívida bilionária e afetada pela crise, a espanhola Telefónica anunciou a venda da Atento, segunda maior empresa de call center do mundo, para o fundo de investimento norte-americano Bain Capital por € 1,039 bilhão (R$ 2,6 bilhões).
Aberta em 1984, a Bain Capital tem entre seus fundadores Mitt Romney, candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, e gerencia US$ 66 bilhões em ativos de companhias ao redor do mundo.
Com o negócio, a Telefônica no Brasil, subsidiária da tele espanhola, é desmembrada da empresa que responde por 80% do total de funcionários no país.
Em fevereiro, a Telefónica anunciara que se desfaria de sua parte na Atento por meio da oferta inicial de ações da empresa de call center. A intenção já havia surgido em 2007, mas a crise financeira fez a tele recuar.
Em julho, desistiu novamente do IPO. Informou que o mercado não era favorável e colocou a companhia à venda definitivamente.
Ontem, a tele comunicou a venda da Atento à autoridade financeira da Espanha.
"A transação é e uma iniciativa para elevar a flexibilidade financeira da Telefônica", informou em nota.
Em junho, a espanhola justificou de forma similar o anúncio de que iria vender as sua parte nas teles China Unicom e Portugal Telecom.
Com as vendas, a companhia quer reduzir sua dívida, que atingia € 57,1 bilhões em março (dado mais recente).
Em 2011, a empresa registrou o primeiro prejuízo em nove anos.
BRASIL
A Atento é responsável pela maior força de trabalho da Telefónica no Brasil. Os 85 mil funcionários correspondem a 52% do total de 17 países em que a empresa de call center atua.
Com 152 mil empregados ao redor do mundo, a Atento, além de segunda no mundo, é a maior empresa de call center da América Latina. Em 2011, faturou € 1,8 bilhão.
O negócio ainda está sujeito ao aval das agências reguladoras espanholas. Mas a Telefónica espera que deva receber aprovação completa até 31 de dezembro.
A Telefónica trouxe a Atento em 1999 para o Brasil.
No ano seguinte, a presença no país foi consolidada com a aquisição por R$ 252 milhões (valores da época) da também empresa de telemarketing Quatro/A, cujo maior acionista era o Unibanco.
A Quatro/A foi fundada pelo empresário Alexandre Accioly, hoje sócio do Grupo Fasano e dono de diversas empresas, como a rede de academias Bodytech, com João Paulo Diniz e o BTG Pactual, de André Esteves. (HELTON SIMÕES GOMES)
sexta-feira, 12 de outubro de 2012
ZTE faz parceria com a TIM para entregar ultra banda larga
Teletime
quinta-feira, 11 de outubro de 2012, 12h05
Como o serviço tem foco em Internet fixa, o executivo explica que não teme concorrência com a banda larga móvel como o LTE, que tem capacidade de picos teóricos de 100 Mbps. “As pessoas dedicam apenas um pequeno pedaço de tempo para o mobile e há clientes domésticos e corporativos para a conexão fixa”, justifica. Jiang diz que há mais perfis de usuários também, com bastante demanda de conteúdo over-the-top (OTT), e com ênfase em distribuição da conexão doméstica pelo Wi-Fi. Por isso mesmo, os aparelhos fornecidos são compatíveis com o protocolo 802.11 n e g, embora a ZTE já esteja preparando terreno para a próxima geração de roteadores, com maior velocidade. “Estamos aguardando a Anatel homologar aparelhos com a banda 802.11 ac, mas estes já existem no mercado internacional”, diz. Os atuais também podem oferecer banda dupla nas frequências 2,4 GHz e 5 GHz - esta última compatível com dispositivos como iPad e o iPhone 5. O 5 GHz também é mais rápido por ainda ser uma faixa menos congestionada por outros aparelhos. Na visão de Xyangyang Jiang, a rede doméstica com a solução do Live TIM não necessita de tecnologias adicionais, como o padrão da Multimedia over Coax Alliance (MoCA), que utiliza cabos coaxiais de frequência alta, de 500-1.000 MHz. “Nossa filosofia é trabalhar com uma tecnologia de Wi-Fi”, reitera. O sistema Multi-service access Node (MSAN) da ZTE é a última versão da solução, chamada de C350, que utiliza tecnologia VDSL com GPON no mesmo gabinete, o que, segundo Jiang, oferece maior escalabilidade. “Pode ser instalado para pouca capacidade, mas pode escalar com GPON para serviços corporativos”, explica. A companhia chinesa tem equipamentos MSAN em mais de 97 milhões de postes no mundo, segundo o executivo. OTT Do lado da TIM, a escolha da parceria foi uma “decisão econômica”, de acordo com Flávio Lang, diretor de marketing da operadora. “Começamos com eles e acreditamos que estão prontos para este cenário [de alta demanda] a um preço razoável”, explica, revelando que há planos para o backbone da rede móvel, possivelmente o LTE. O projeto da Live TIM, inicialmente, tem como proposta oferecer o preço agressivo e pode ser expandido, eventualmente, para outras cidades “assim que aparecer a oportunidade de adquirir redes de fibra”. A empresa está oferecendo em algumas áreas de São Paulo e no Rio de Janeiro, até outubro, planos promocionais de R$ 35 por mês para a conexão de 35 Mbps e R$ 50 para a conexão de 50 Mbps, ambos com validade para até a Copa do Mundo de 2014. A ideia da operadora é também desatrelar a ultra banda larga dos pacotes do tipo combo, oferecendo a conexão sem a necessidade de serviços agregados de TV por assinatura ou telefonia fixa, embora a TIM tenha parceria estratégica com a Sky. “Ao dar a ultra banda larga nua, achamos os negócios fixos, que é um bem estratégico”, explica o executivo. Ele assegura, no entanto, que não está preocupado com um eventual fenômeno de cord-cutting, ou seja, de usuários que deixam de utilizar TV por assinatura para assinar serviços OTT, embora reconheça que a empresa esteja planejando oferecer uma plataforma de streaming de vídeos on-demand (não muito diferente do recente anúncio do ClaroVideo, da concorrente) “em breve”. “Estamos trabalhando em um modo ‘não-SeAC’, não teremos uma TV, mas podemos fazer uso de TV não-linear”, explica. |
Linhas fixas da GVT ganharão mobilidade
PAY-TV NEWS
Convergência
quinta-feira, 11 de outubro de 2012, 16h33
A GVT não tem nenhuma plataforma móvel, mas isso não significa que a empresa não vá explorar a mobilidade. Mais que isso: a operadora está planejando um arrojado projeto de convergência fixo-móvel, algo que já foi muito discutido no passado, mas que há alguns anos é assunto praticamente esquecido pelas grandes operadoras.
A estratégia da GVT tem dois componentes. O primeiro é um aplicativo para smartphones do Vono, serviço de voz sobre IP da tele. A ideia é que os usuários do Vono possam utilizar suas linhas a partir de smartphones conectados à Internet (seja por Wi-Fi ou 3G).
Mas a principal inovação da GVT, programada para ser lançada no primeiro semestre do ano que vem, permitirá que o número da linha fixa do assinante GVT seja "transferido" para o celular do usuário, por meio de um aplicativo. Toda vez que ativar o aplicativo, o usuário poderá optar para que as chamadas de sua linha fixa tradicional GVT sejam roteadas, via IP, para o handset do usuário, desde que o aparelho esteja online, ou seja, com acesso à rede de dados da operadora ou a uma rede Wi-Fi. As chamadas para o número fixo são automaticamente transferidas, por IP, para o handset, que também permitirá aos usuários fazerem chamadas a partir de seu número fixo usando o aparelho celular (desde que conectado à banda larga).
Segundo Ricardo Sanfelice, diretor de marketing e produtos da GVT, esse serviço só é possível porque a operadora está mudando o core da sua rede para um core IMS (IP Multimedia Subsystem). Com isso, será possível a oferta de serviços avançados que envolvam também a rede de telefonia fixa comutada. Hoje a GVT tem cerca de 2 milhões de assinantes de banda larga, 2,2 milhões de clientes de voz e 350 mil assinantes de TV paga.
Samuel Possebon.
GVT criará rede Wi-Fi pública utilizando equipamentos instalados nas casas dos usuários
PAY-TV NEWS
Banda larga
quinta-feira, 11 de outubro de 2012, 16h36
As operadoras de telecomunicações, sobretudo Oi e a Embratel/Net, estão apostando fortemente na expansão das redes públicas de Wi-Fi para complementarem sua rede de banda larga. A próxima a adotar a mesma estratégia é a GVT. O projeto da GVT, contudo, segue um caminho diferente, similar ao da operadora de Wi-Fi Fon, que opera 7 milhões de pontos de WiFi compartilhados (e no Brasil é parceira da Oi). O que a GVT planeja é utilizar a sua base instalada de home gateways (são cerca de 350 mil hoje, mas devem chegar a 500 mil até o final do ano) para criar redes de uso livre para seus usuários. Esses home gateways são instalados nas residências dos usuários de TV por assinatura da GVT e permitem a criação de duas ou três redes WiFi paralelas. Normalmente, é criada apenas uma rede, privativa para o proprietário da residência. A ideia da GVT é ativar as outras redes, desde que os proprietários dos gateways autorizem previamente. Isso pode ser feito remotamente pela própria operadora, e não consome a conexão de Internet do usuário, já que uma banda específica é liberada para essa rede compartilhada. Com isso, todos os gateways da GVT se tornarão pontos públicos de Internet, oferecidos aos outros usuários da operadora. Além disso, a GVT também planeja a instalação de hotspots Wi-Fi em locais de grande movimentação e ao longo de sua rede.
GVT prepara ampliação da sua rede de fibra a partir de 2014
PAY-TV NEWS
Banda larga
quinta-feira, 11 de outubro de 2012, 17h12
Atualmente, apenas 1% dos clientes de banda larga da GVT são atendidos
diretamente por fibra. Os demais, são atendidos por VDSL com a fibra até
400 metros da casa do usuário. Mas isso deve mudar. A partir do próximo
ano, as novas cidades da GVT começam a receber fibra até mais perto da
casa dos usuários, e as cidades atuais (136) terão a rede de cobre
encurtada, com a fibra chegando mais perto. Segundo Ricardo Sanfelice,
diretor de marketing e produtos da GVT, em 2013 deve haver uma
aproximação significativa da rede de fibra da casa dos clientes e, em
2014 e 2015, haverá um intenso processo de ampliação dos acessos diretos
de fibra na casa dos usuários. A operadora espera chegar a 200 cidades
de cobertura.
Samuel Possebon.
Samuel Possebon.
Investimento em data centers cresce 31,4% na América Latina
TIINSIDE
Os investimentos em data centers registraram um crescimento significativo na América Latina no ano passado. Segundo dados do Censo Global Datacenter Dynamics 2012, publicado pela DCD Intelligence, os gastos com centros de dados na região aumentaram 31,4%, de US$ 10,5 bilhões, em 2011, para US$ 13,8 bilhões, em 2012.
Em termos mundiais, os recursos aplicados em data centers saltaram de US$ 86 bilhões para US$ 105 bilhões, o que representa uma expansão de 22,1%, na mesma base de comparação. A previsão para 2013 é de alta de 14,5%, com investimento adicional de US$ 15 bilhões.
O maior volume de investimentos em data centers, entre 2011 e 2012, foi destinado às áreas de gestão de instalações e de mecânica e elétrica, que ficaram com 22,5% dos gastos, incluindo a distribuição de equipamentos elétricos e de comutação, sistemas de alimentação de energia elétrica (UPS, na sigla em inglês), geradores, refrigeração, equipamentos de segurança, sistemas de extinção de incêndios e de gestão de infraestrutura.
A tendência mundial de data centers chamados white space — espaço dedicado à infraestrutura de TI — cresceu 8,3%, com expansão da área de 24 milhões de metros quadrados para 26 milhões de metros quadrados. Para o ano que vem, está previsto um aumento maior, de 19,2%, com espaço de 31 milhões de metros quadrados.
O relatório também indica que houve um aumento significativo, de 31,3%, na adoção da terceirização em todo o mundo — especialmente colocation — nos últimos 12 meses (de US$ 16 bilhões para US$ 21 bilhões), o que deve continuar em 2013, com um aumento adicional de US$ 5 bilhões.
Demais regiões
Na região da Ásia-Pacífico, o investimento total no setor cresceu 24,2%, com a China apresentando o maior nível de expansão. A região também respondeu pelo maior crescimento em termos de demanda de energia com um aumento de 48,6% ao longo dos últimos 12 meses na comparação com 5,3% de crescimento em requisitos de energia no mercado mais maduro da América do Norte, região que cresceu 14% nos últimos 12 meses.
Já a Europa, apesar de sua atual condição econômica, o investimento em data centers aumentou 13,6%, de US$ 40,5 bilhões para US$ 46 bilhões. Embora o crescimento seja modesto na comparação com regiões como Ásia-Pacífico e América Latina, a Europa ainda é responsável por uma alta proporção, de 43,8%, do total global investido em 2012 — US$ 105 bilhões.
quinta-feira, 11 de outubro de 2012
Ações da Telebras têm alta de mais de 50% na bolsa após acordo com TIM
TI INSIDE, quarta-feira, 10 de outubro de 2012, 18h08
As ações preferenciais da Telebras disparavam 52,03% nesta quarta-feira, 10, na BM&F Bovespa, após o acordo anunciado com a TIM. Os papéis da estatal encerram o dia anterior cotados a R$ 4,67 cada e fecharam o dia de hoje negociados a R$ 7,10. As ações abriram o pregão valendo R$ 5,07 cada e atingiram o pico de R$ 7,40 no decorrer do dia.
As ações ordinárias da companhia também subiram, com alta de 28%, negociadas a R$ 12,80. As ações preferenciais têm direito de receber os dividendos primeiro; as ações ordinárias têm direito a voto.
As duas empresas detalharam a parceria assinada para banda larga, que, segundo elas, ampliará a capilaridade das redes 3G e 4G. A parceria também permitirá a adesão de Manaus ao Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) e garantirá a infraestrutura para a Copa do Mundo de 2014.
O acordo prevê que a TIM cederá 2,2 mil quilômetros de um par de fibras óticas no trecho Tucuruí-Macapá-Manaus. Em contrapartida, a Telebras cederá à TIM a mesma quilometragem em trechos no Nordeste e no Norte, incluindo fibras entre Tucuruí e Belém.
Teles começam a questionar outros aspectos do Marco Civil além da neutralidade
TI INSIDE
O deputado Alessandro Molon (PT/RJ), relator do Marco Civil da Internet, proferiu recentemente uma frase que pode estar se tornando uma profecia. "O tempo não resolve tudo, às vezes atrapalha e até pioras as coisas. Está na hora de votar, o projeto já está maduro", disse ele no dia 2 de outubro, durante seminário sobre proteção à privacidade preparado pelo CGI, em São Paulo. Pois os temores de Molon podem estar se concretizando.
Especialistas e advogados das empresas de telecomunicações estão se dedicando a dissecar todos os detalhes do Marco Civil. E quanto mais leem a proposta, mas começam a formular argumentos contra a proposta, ou pelo menos críticas a ela, que podem suscitar debates mais longos do que os esperados pelo relator.
O foco agora não é mais a questão da neutralidade. O que está preocupando os operadores de telecomunicações é a falta de isonomia entre operadores de rede e provedores de conteúdo. Em entrevista a este noticiário, o presidnete da Oi foi enfático: "os produtores de conteúdos podem fazer tudo que é não neutro: bloquear acesso, identificar usuário, bloquear usuário... E o operador de rede não pode fazer nada. Tudo o que é importante que um seja neutro o outro não tem que ser? ", indagou.
Outra operadora de telecomunicações mostrou reservadamente a este noticiário uma análise específica sobre os novos pontos que incomodam as teles: os Artigos 12 e 13 do Marco Civil proposto no substitutivo de Molon. Estas análises indicam que os textos destes artigos dão aos provedores de conteúdo a possibilidade de guardar informações sobre os hábitos de navegação e comportamento dos usuários, e isso não é permitido às teles. No Artigo 12, está escrito que " Na provisão de conexão, onerosa ou gratuita, é vedado guardar os registros de acesso a aplicações de Internet". Mas no Artigo 13, é dada esta possibilidade quando a atividade for a de provimento de aplicações de Internet, ainda que respeitados alguns limites impostos no Artigo 7 da proposta de Marco Civil. "Já imaginou se as operadoras de telecomunicações decidissem ler o conteúdo das mensagens de textos enviados para guardar essas informações para uso posterior?", argumenta um analista do setor de telecom. "Pois é exatamente isso que o Marco Civil permite que os provedores de conteúdo façam", diz ele. O que as teles defendem não é a possibilidade de fazer o mesmo, mas que as restrições e regras sejam isonômicas.
Da mesma forma, o Artigo 15, segundo a análise das teles, daria, a depender da interpretação, a possibilidade, inclusive, de que os provedores de conteúdo não se submetessem criminalmente às leis brasileiras ou negassem, sob argumentos técnicos pouco específicos, qualquer pedido de autoridades brasilerias. "E isso está sendo feito sob o intuito de defesa da liberdade de expressão e censura", disse o analista. Na entrevista à revista TELETIME de outubro, o presidente da Oi, Francisco Valim, ainda lembrou que 80% do tráfego de Internet é para conteúdos hospedados no exterior. "Não sei que interesse nacional está sendo defendido aí", disse ele.
Valim critica intromissão da Anatel no mercado de atacado
Teletime
quarta-feira, 10 de outubro de 2012, 17h37
Para ele, é razoável que a agência fixe preços de referência diferenciados para a oferta de capacidade de rede no atacado. Entretanto, ele afima que estas regras deveriam valer apenas na relação entre um grande player e uma operadora pequena, sem poder econômico e não em todas as relações, incluindo os contratos entre as gigantes do mercado. “Não concordamo com essa política de subsidiar empresas que são até maiores do que a gente”, diz. Valim disse que a Oi já agendou conversas com a Anatel para debater o assunto. “Vamos nos defender porque entendemos que existe um ato jurídico perfeito e pacificado”. Por sua vez, o presidente da Anatel, João Rezende, defendeu o direito do órgão de fixar as taxas de referência e lembrou que a Vivo já havia questionado a legitimidade do órgão regulador das telecomunicações atuar nesta questão. “No caso deles, o juiz não deu e decidiu que a Anatel pode, sim, regular o mercado de atacado”. Rezende ainda reforçou que o papel da agência é atuar apenas quando não há consenso entre as empresas. “A taxa é de referência e não uma imposição”. |
Copel e Sercomtel planejam serviços de triple play em 30 cidades do Paraná
Teletime
quarta-feira, 10 de outubro de 2012, 18h28
A empresa está agora iniciando a fase de ajustes de seus planos de serviço já sob a perspectiva de consolidação de todas as unidades de negócio em um mesmo CNPJ. Recentemente, a Anatel deu a autorização para que a empresa consolidasse tudo sob o guarda-chuva da concessionária de telefonia fixa. A expectativa é que seja possível reduzir a tarifa de telefonia fixa e os preços dos demais serviços a partir das sinergias conquistadas com a consolidação. |
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
Oi aceita compartilhar EILD com pequenos provedores, mas não com grandes operadores.
Para o presidente da Oi, Francisco Valim, a neutralidade da rede tal com tal como é defendida hoje é perversa porque penaliza quem usa menos a internet
O presidente da Oi, Francisco Valim, afirmou hoje, durante o Futurecom, que não vê qualquer problema em a Anatel regular a oferta de banda larga no atacado (EILD) para os pequenos provedores que querem ingressar no mercado e não tem redes. Mas acha que não tem sentido forçar o preço baixo e a abertura de sua rede para os grandes players como TIM, Claro, NET, Embratel ou Telefônica/Vivo, que já estão em todo o território brasileiro. "Esses grupos econômicos são maiores do que a Oi"afirmou o executivo, completando: "a regulação deveria atender os novos entrantes com infraestrutura precária".
Ele observou que a operadira tem uma diretoria voltada exclusivamente para oferecer banda larga no atacado, e por isto não está no horizonte da empresa, do momento, pedir para unificar suas operações no mesmo CNPJ da concessão, a exemplo da Sercomtel e da Telefônica.
Para Valim, a alta tributação, o excesso de intervenção municipal e uma regulação que continue a atuar sobre serviços distintos são os principais problemas enfrentados pelos operadores brasileiros.
O executivo ressaltou que, nos últimos cinco anos, a Oi investiu R$ 27 bilhões e pagou R$ 70 bilhões em imposto além de ter distribuído 11,7 bilhões em dividendos.
Neutralidade
Para Valim, a atual defesa da neutralidade da rede é "o mais perverso modelo, pois faz com que as pessoas que usam pouco a internet acabem pagando por quem usa mais. 80% do consumo é gerado poelso provedores estrangeiros", concluiu
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
Bens reversíveis: bancos já consideram cenário de depreciação total da rede do STFC
- Publicado em Terça, 25 Setembro 2012 13:46
Com a divulgação da lista dos bens reversíveis pela Anatel, na semana passada, diferentes bancos começaram a fazer projeções sobre quanto vão valer as concessionárias (que têm um grande número de acionistas minoritários) quando terminar o prazo das atuais concessões, em 31 de dezembro de 2025.
No cenário mais pessimista, o banco Goldman Sachs acredita que a Anatel, que anunciou que os bens reversíveis (ou aqueles que serão devolvidos à União, mediante pagamento, no fim da concessão) das cinco concessionárias (CTBC, Embratel, Oi, Sercomtel e Telefônica) valem hoje R$ 17,365 bilhões, vai manter as taxas de depreciação adotadas em sua conta inicial, para que o Estado não tenha que pagar nada às empresas no final da concessão. Se isso ocorrer, assinala o banco, as concessionárias terão perdas, mas pequenas.
A Telefônica, cujo valor dos bens reversíveis calculados pela Anatel a preços de hoje é de R$ 6,713 bilhões perderiam R$ 902 milhões no final da concessão; e a Oi ( Telemar, R$ 4,563 bilhões e Brasil Telecom, R$ 2,802 bilhões), cujo valor dos bens reversíveis soma R$ 7,366 bilhões, renunciaria a R$ 830 milhões (aplicando-se o custo médio ponderado de capital de 10,1% ao longo destes anos. Uma perda de pequeno impacto, assinala o banco.
O Goldman Sachs prevê ainda que, se o governo vender as mesmas concessões para as atuais operadoras (incluindo os bens que serão devolvidos), elas terão que pagar mais de R$ 13 bilhões pelas novas concessões. Fazendo as contas pelo fluxo de caixa que será gerado nesses anos, a Telefônica teria que desembolsar R$ 6,9 bilhões (ou R$ 2 bilhões a valor presente) e a Oi R$ 6,2 bilhões (ou R$ 1,8 bilhões a valor presente) para assinar um novo contrato de concessão, que no futuro, estima o banco, não deverá mais contar com a tarifa da assinatura básica.
Há muitos condicionantes nessas projeções, mas não deixam de ser interessantes. ( Da redação).
No caso das operadoras móveis, o banco assinala que as renovações das frequências são feitas automaticamente. A maioria das licenças expira em 2018, e deverão ser renovadas por outros 15 anos.
sexta-feira, 21 de setembro de 2012
Teles detêm R$ 17 bi em bens da União
Valor,
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) divulga hoje um megainventário de ativos que estão nas mãos das operadoras de telefonia fixa e precisarão ser devolvidos à União quando vencerem os contratos de concessão assinados em 1998 e prorrogados até 2025. São mais de 8 milhões de itens - de cabos a orelhões, passando por centrais telefônicas e os edifícios onde funcionam as sedes administrativas das empresas, até equipamentos de energia - informados pelas concessionárias e auditados pela agência reguladora.
A conclusão do levantamento é que o valor contábil disso tudo chega a R$ 17,3 bilhões. Ou seja, se o governo fosse receber de volta as concessões de telefonia fixa hoje, teria que pagar esse valor às operadoras. Só as duas maiores empresas detêm 81% dos bens reversíveis, como são chamados os ativos que devem voltar para a União ao fim dos contratos, renovados em 2005. Cerca de R$ 7,3 bilhões se referem a bens mantidos por Brasil Telecom e Telemar, que se fundiram em 2008. Outros R$ 6,7 bilhões são da Telefônica, concessionária no Estado de São Paulo.
A Embratel tem R$ 2,9 bilhões. O restante se divide entre duas concessionárias menores - a CTBC (que atua em regiões de MG, SP, GO e MT) e a Sercomtel (do município paranaense de Londrina). Os ativos para a prestação do serviço de telefonia móvel não entraram no cálculo da Anatel porque não são regidos por contratos de concessão.
O valor contábil dos bens, que foram classificados em oito grupos diferentes pela agência, leva em conta sua depreciação até 2011. Pouco menos de metade do total (45%) diz respeito a meios de transmissão, como cabos, torres, postes e dutos. Apenas 8% são terrenos e benfeitorias, categoria que inclui até mesmo os edifícios das operadoras, como a sede da Telefônica, alvo de decisão recente da Anatel sobre sua inclusão na lista de ativos reversíveis à União.
Para determinar a inclusão ou não de um bem nessa lista, a agência considerou o que é essencial para a continuidade na prestação dos serviços, se eles voltarem para o Estado ou forem novamente a leilão. É uma questão que se arrasta desde a Lei Geral de Telecomunicações (LGT) e da privatização das teles. Agora, a Anatel tornará pública uma descrição detalhada dos bens reversíveis, a ser atualizada anualmente. A lista ficará disponível no site da agência reguladora.
Com essa divulgação, a Anatel se antecipa a uma controvérsia que deve surgir na reta final dos contratos de concessão, como a polêmica sobre as indenizações do setor elétrico. Desde a semana passada, quando anunciou medidas para a redução das tarifas de energia, o governo disse que usará o saldo da Reserva Global de Reversão (RGR) para pagar investimentos ainda não amortizados às elétricas. Mas as empresas do setor não acreditam que o dinheiro disponível no fundo, cerca de R$ 21 bilhões, seja suficiente para pagar os ressarcimentos.
De acordo com o levantamento da Anatel, o valor de aquisição dos ativos de telefonia alcança R$ 108,3 bilhões, considerando preços pagos no momento de compra dos bens, sem qualquer atualização monetária.
A agência tomou o cuidado de pesquisar os investimentos feitos em três momentos diferentes. Até a privatização das operadoras reunidas no Sistema Telebrás, em julho de 1998, foram desembolsados R$ 25,9 bilhões. Daí ao fim de 2005, quando os contratos passaram por revisão e foram renovados por 20 anos, houve a aplicação de mais R$ 30,9 bilhões. A partir de 2006, foram R$ 51,4 bilhões. Isso demonstra, na avaliação de técnicos da Anatel, que o setor manteve a capacidade de investimento depois da renovação dos contratos e tem passado por constante atualização dos ativos necessários para prestação dos serviços.
Para chegar ao valor final dos bens, é preciso levar em conta sua depreciação anual, mas o cálculo deverá ser refeito ano a ano porque novos equipamentos vão entrando em funcionamento para repor o que ficou defasado.
Por isso, o valor contábil de R$ 17,3 bilhões é apenas uma referência, que precisará ser atualizada até o fim da concessão. Trata-se do valor ainda não amortizado do patrimônio. Ou seja, se o governo fosse receber de volta as concessões de telefonia fixa, teria de pagar esse valor às operadoras. Por outro lado, se a União abrisse mão da reversibilidade dos bens, a lista serviria de base para avaliar quanto as operadoras deveriam pagar ao governo.
A divulgação dos bens reversíveis acaba com as insinuações de que a Anatel não dispunha de uma lista completa dos ativos e não controlava a venda de patrimônio público pelas empresas.
A decisão de publicar a relação dos bens, na íntegra, está amparada na entrada em vigor da Lei de Acesso à Informação, em maio. Ao menos uma ação civil pública já pedia, nos tribunais, a divulgação da lista.
A conclusão do levantamento é que o valor contábil disso tudo chega a R$ 17,3 bilhões. Ou seja, se o governo fosse receber de volta as concessões de telefonia fixa hoje, teria que pagar esse valor às operadoras. Só as duas maiores empresas detêm 81% dos bens reversíveis, como são chamados os ativos que devem voltar para a União ao fim dos contratos, renovados em 2005. Cerca de R$ 7,3 bilhões se referem a bens mantidos por Brasil Telecom e Telemar, que se fundiram em 2008. Outros R$ 6,7 bilhões são da Telefônica, concessionária no Estado de São Paulo.
O valor contábil dos bens, que foram classificados em oito grupos diferentes pela agência, leva em conta sua depreciação até 2011. Pouco menos de metade do total (45%) diz respeito a meios de transmissão, como cabos, torres, postes e dutos. Apenas 8% são terrenos e benfeitorias, categoria que inclui até mesmo os edifícios das operadoras, como a sede da Telefônica, alvo de decisão recente da Anatel sobre sua inclusão na lista de ativos reversíveis à União.
Para determinar a inclusão ou não de um bem nessa lista, a agência considerou o que é essencial para a continuidade na prestação dos serviços, se eles voltarem para o Estado ou forem novamente a leilão. É uma questão que se arrasta desde a Lei Geral de Telecomunicações (LGT) e da privatização das teles. Agora, a Anatel tornará pública uma descrição detalhada dos bens reversíveis, a ser atualizada anualmente. A lista ficará disponível no site da agência reguladora.
Com essa divulgação, a Anatel se antecipa a uma controvérsia que deve surgir na reta final dos contratos de concessão, como a polêmica sobre as indenizações do setor elétrico. Desde a semana passada, quando anunciou medidas para a redução das tarifas de energia, o governo disse que usará o saldo da Reserva Global de Reversão (RGR) para pagar investimentos ainda não amortizados às elétricas. Mas as empresas do setor não acreditam que o dinheiro disponível no fundo, cerca de R$ 21 bilhões, seja suficiente para pagar os ressarcimentos.
De acordo com o levantamento da Anatel, o valor de aquisição dos ativos de telefonia alcança R$ 108,3 bilhões, considerando preços pagos no momento de compra dos bens, sem qualquer atualização monetária.
A agência tomou o cuidado de pesquisar os investimentos feitos em três momentos diferentes. Até a privatização das operadoras reunidas no Sistema Telebrás, em julho de 1998, foram desembolsados R$ 25,9 bilhões. Daí ao fim de 2005, quando os contratos passaram por revisão e foram renovados por 20 anos, houve a aplicação de mais R$ 30,9 bilhões. A partir de 2006, foram R$ 51,4 bilhões. Isso demonstra, na avaliação de técnicos da Anatel, que o setor manteve a capacidade de investimento depois da renovação dos contratos e tem passado por constante atualização dos ativos necessários para prestação dos serviços.
Para chegar ao valor final dos bens, é preciso levar em conta sua depreciação anual, mas o cálculo deverá ser refeito ano a ano porque novos equipamentos vão entrando em funcionamento para repor o que ficou defasado.
Por isso, o valor contábil de R$ 17,3 bilhões é apenas uma referência, que precisará ser atualizada até o fim da concessão. Trata-se do valor ainda não amortizado do patrimônio. Ou seja, se o governo fosse receber de volta as concessões de telefonia fixa, teria de pagar esse valor às operadoras. Por outro lado, se a União abrisse mão da reversibilidade dos bens, a lista serviria de base para avaliar quanto as operadoras deveriam pagar ao governo.
A divulgação dos bens reversíveis acaba com as insinuações de que a Anatel não dispunha de uma lista completa dos ativos e não controlava a venda de patrimônio público pelas empresas.
A decisão de publicar a relação dos bens, na íntegra, está amparada na entrada em vigor da Lei de Acesso à Informação, em maio. Ao menos uma ação civil pública já pedia, nos tribunais, a divulgação da lista.
© 2000 – 2012. Todos os direitos reservados ao Valor Econômico S.A. . Verifique nossos Termos de Uso em http://www.valor.com.br/termos-de-uso. Este material não pode ser publicado, reescrito, redistribuído ou transmitido por broadcast sem autorização do Valor Econômico.
Leia mais em:
http://www.valor.com.br/empresas/2838368/teles-detem-r-17-bi-em-bens-da-uniao?utm_source=newsletter_manha&utm_medium=21092012&utm_term=teles+detem+r+17+bi+em+bens+da+uniao&utm_campaign=informativo&NewsNid=2838008#ixzz276hq7EKp
Leia mais em:
segunda-feira, 28 de maio de 2012
Metas da banda larga devem estar casadas com metas climáticas
Relatório recente da Comissão de Banda Larga para o Desenvolvimento Digital, criada em 2010 por iniciativa conjunta da Unesco e da União Internacional de Telecomunicações (UIT), recomenda aos governos aproveitar o potencial das tecnologias de informação e comunicação (TICs) para reduzir drasticamente as emissões de carbono. Para isso, o relatório diz que as metas estabelecidas nos planos nacionais de banda larga têm que estar conectadas às metas climáticas.
De acordo com o relatório, toda a vida moderna é afetadas pelas TICs e pela banda larga. Já são cinco bilhões de celulares no mundo e dois bilhões de pessoas on-line. Assim, a banda larga é um veículo poderoso para prover os mais diversos serviços ao cidadão, reduzindo, por exemplo, os deslocamentos, ampliando o trabalho a distância, racionalizando o uso de energia por meio de monitoramento de equipamentos conectados (M2M), entre várias outras aplicações.
A Comissão de Banda Larga apresentou, no final de abril, dez contribuições para acelerar o uso da banda larga em direção a uma economia de baixo carbono. Esta agenda, que estará na pauta de debates do Rio+20 que começa dia 13 de junho, no Rio de Janeiro, envolve os seguintes pontos:
1. Liderar com visão: adotar um Plano/Estratégia Nacional de Banda Larga de longo prazo com base no acesso universal, mercados abertos e inovação, e conectá-lo de forma consciente às suas metas climáticas;
2. Integrar a convergência: integrar a convergência à formulação de políticas de TIC para que esteja alinhada a outras áreas, como energia, saúde, educação e clima, para maximizar o impacto;
3. Garantir a segurança regulatória: garantir regras e regulamentações claras sobre o clima e a banda larga, para criar uma estrutura de segurança para investimentos;
4. Ser um exemplo: impulsionar a colaboração entre os ministérios e a tomada de decisão integrada para alinhar as metas climáticas e digitais, e usar as licitações públicas para enviar os sinais certos ao mercado;
5. Promover a flexibilidade: iIdentificar e remover as barreiras regulatórias e legislativas que hoje obstruem a pesquisa, o desenvolvimento e o investimento em infraestrutura de banda larga e soluções de baixo carbono;
6. Oferecer incentivos: encorajar a adoção de soluções de baixo carbono e apoiar as mudanças no mercado ao recompensar e incentivar os comportamentos desejados nos consumidores. Impulsionar a inovação entre indivíduos, empresas e setores;
7. Construir o mercado: financiar e facilitar programas-piloto para demonstrar a viabilidade e a eficácia da banda larga como um facilitador de soluções de baixo carbono e formular um plano de negócios forte para atrair investimentos privados;
8. Formar parcerias: cultivar a conectividade e a co-criatividade entre os setores público, privado e não-governamental para ajudar a desenvolver uma mentalidade colaborativa, objetivos compartilhados e um idioma comum;
9. Medir e padronizar: desenvolver métricas e medidas harmonizadas e padrões comuns para calcular tanto os impactos ambientais das TIC e a contribuição positiva que a tecnologia pode dar a outros setores – de produtos a sistemas, e de residências a cidades ou países;
10. Compartilhar conhecimentos e aumentar a conscientização: disseminar de forma ativa projetos, compartilhar melhores práticas e aprender com os erros para identificar fatores de sucesso e facilitar os saltos de desenvolvimento, especialmente nos mercados menos avançados. Comunicar as oportunidades e sinergias que podem ser alcançadas por meio de uma abordagem integrada e interssetorial da infraestrutura de desenvolvimento digital e das soluções de baixo carbono. (Da Redação)
Assinar:
Postagens (Atom)