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sexta-feira, 12 de outubro de 2012

ZTE faz parceria com a TIM para entregar ultra banda larga

Teletime
quinta-feira, 11 de outubro de 2012, 12h05



Com uma oferta agressiva, a TIM entrou de vez no mercado de ultra banda larga em setembro com o Live TIM, que usa a infraestrutura de fibras óticas herdada da aquisição da AES Atimus nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo. A fornecedora escolhida foi a chinesa ZTE, com equipamentos que otimizam a conexão da fibra que chega até o poste, levando ao domicílio o sinal pelo cobre (chamado de fiber-to-the-copper, ou FTTC), além de modems e roteadores Wi-Fi para a rede doméstica sem fio. O vice-presidente de operações e soluções da ZTE, Xyangyang Jiang, disse a TELETIME durante a Futurecom 2012, na capital fluminense, que a parceria com a operadora no Brasil é significativa por conta das oportunidades de crescimento do mercado local. “Aqui a penetração de banda larga é muito baixa e, como a economia está crescendo, o total de conexões não será suficiente”, diz.
Como o serviço tem foco em Internet fixa, o executivo explica que não teme concorrência com a banda larga móvel como o LTE, que tem capacidade de picos teóricos de 100 Mbps. “As pessoas dedicam apenas um pequeno pedaço de tempo para o mobile e há clientes domésticos e corporativos para a conexão fixa”, justifica. Jiang diz que há mais perfis de usuários também, com bastante demanda de conteúdo over-the-top (OTT), e com ênfase em distribuição da conexão doméstica pelo Wi-Fi. Por isso mesmo, os aparelhos fornecidos são compatíveis com o protocolo 802.11 n e g, embora a ZTE já esteja preparando terreno para a próxima geração de roteadores, com maior velocidade. “Estamos aguardando a Anatel homologar aparelhos com a banda 802.11 ac, mas estes já existem no mercado internacional”, diz. Os atuais também podem oferecer banda dupla nas frequências 2,4 GHz e 5 GHz - esta última compatível com dispositivos como iPad e o iPhone 5. O 5 GHz também é mais rápido por ainda ser uma faixa menos congestionada por outros aparelhos.
Na visão de Xyangyang Jiang, a rede doméstica com a solução do Live TIM não necessita de tecnologias adicionais, como o padrão da Multimedia over Coax Alliance (MoCA), que utiliza cabos coaxiais de frequência alta, de 500-1.000 MHz. “Nossa filosofia é trabalhar com uma tecnologia de Wi-Fi”, reitera. O sistema Multi-service access Node (MSAN) da ZTE é a última versão da solução, chamada de C350, que utiliza tecnologia VDSL com GPON no mesmo gabinete, o que, segundo Jiang, oferece maior escalabilidade. “Pode ser instalado para pouca capacidade, mas pode escalar com GPON para serviços corporativos”, explica. A companhia chinesa tem equipamentos MSAN em mais de 97 milhões de postes no mundo, segundo o executivo.
OTT
Do lado da TIM, a escolha da parceria foi uma “decisão econômica”, de acordo com Flávio Lang, diretor de marketing da operadora. “Começamos com eles e acreditamos que estão prontos para este cenário [de alta demanda] a um preço razoável”, explica, revelando que há planos para o backbone da rede móvel, possivelmente o LTE. O projeto da Live TIM, inicialmente, tem como proposta oferecer o preço agressivo e pode ser expandido, eventualmente, para outras cidades “assim que aparecer a oportunidade de adquirir redes de fibra”. A empresa está oferecendo em algumas áreas de São Paulo e no Rio de Janeiro, até outubro, planos promocionais de R$ 35 por mês para a conexão de 35 Mbps e R$ 50 para a conexão de 50 Mbps, ambos com validade para até a Copa do Mundo de 2014.
A ideia da operadora é também desatrelar a ultra banda larga dos pacotes do tipo combo, oferecendo a conexão sem a necessidade de serviços agregados de TV por assinatura ou telefonia fixa, embora a TIM tenha parceria estratégica com a Sky. “Ao dar a ultra banda larga nua, achamos os negócios fixos, que é um bem estratégico”, explica o executivo. Ele assegura, no entanto, que não está preocupado com um eventual fenômeno de cord-cutting, ou seja, de usuários que deixam de utilizar TV por assinatura para assinar serviços OTT, embora reconheça que a empresa esteja planejando oferecer uma plataforma de streaming de vídeos on-demand (não muito diferente do recente anúncio do ClaroVideo, da concorrente) “em breve”. “Estamos trabalhando em um modo ‘não-SeAC’, não teremos uma TV, mas podemos fazer uso de TV não-linear”, explica.

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