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sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Vivendi vai negociar venda da GVT com Telefónica

Sex, 29 de Agosto de 2014 07:41
Grupo deve receber US$ 6,14 bilhões em dinheiro da Telefónica.

A francesa Vivendi informou nesta quinta-feira que vai entrar em negociações exclusivas com a Telefónica para a venda de sua unidade brasileira de banda larga GVT, escolhendo a oferta da espanhola em detrimento da proposta rival da Telecom Italia.

Banda larga móvel cresce 3% no último mês

A Telefónica fez uma oferta maior do que a da Telecom Italia pela GVT para assegurar que ganhará a disputa pela provedora de banda larga e TV paga, a qual pretende unir à sua empresa brasileira que opera sob a marca Vivo, líder em telefonia móvel.
Para a Vivendi, a venda da GVT ocorre após uma reformulação tumultuada de dois anos em que vendeu três empresas de telecomunicações e seu negócio de videogame, a fim de reduzir sua dívida e se concentrar mais em mídia e conteúdo.
A Vivendi receberá 4,66 bilhões de euros (US$ 6,14 bilhões) em dinheiro da Telefónica, o que é uma elevação da parte em dinheiro de uma oferta anterior apresentado pela espanhola para enfrentar a proposta da Telecom Italia.
Além da parte em dinheiro, a Telefónica dará à Vivendi uma participação de 12% na companhia brasileira combinada, dos quais cerca de um terço pode ser trocado por uma participação de 5,7% na Telecom Italia se Vivendi assim desejar.
O magnata francês Vincent Bolloré, que é o maior acionista da Vivendi, liderou as negociações com a Telefónica e com a Telecom Italia nas últimas semanas em seu primeiro grande movimento estratégico desde que assumiu como chairman da companhia em junho.
A oferta da Telecom Italia, também em dinheiro e ações, atribuía à GVT um valor de 7 bilhões de euros, incluindo o pagamento de 1,7 bilhão de euros em dinheiro, uma participação de 16% na Telecom Italia e uma fatia de 15% na empresa brasileira resultante da união de TIM Participações e GVT.
A Telecom Italia precisa da GVT para fortalecar sua operadora brasileira TIM e para evitar ser alvo de uma potencial aquisição pela Oi, que planeja repartir a TIM entre si, América Móvil e Telefónica.
A desaceleração do crescimento do mercado de telefonia móvel no Brasil está forçando os principais competidores na região a perseguir clientes que gerem maior valor através de serviços de televisão por assinatura e de banda larga, setores nos quais a GVT foi pioneira no Brasil, mercado que é um grande gerador de receita tanto para Telefónica quanto para Telecom Italia.
Com informações de Agências Internacionais

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