Em cinco anos, o tráfego de dados móveis no Brasil crescerá 11 vezes, com uma taxa de crescimento anual composto (CAGR) de 63%, segundo estudo Visual Networking Index (VNI) da Cisco divulgado nesta quarta-feira, 5.
A empresa diz que a Internet em redes móveis será responsável por 13% do total de consumo de dados até 2018. Ou seja, haverá uma participação muito maior dos smartphones e da tecnologia 4G no mercado nacional, de acordo com a companhia.
O tráfego de dados móveis no País crescerá 440,3 petabytes por mês até 2018. Isso significa que esse tráfego alcançará uma taxa de operação anual de 5 exabytes até 2018, crescendo cinco vezes mais rápido do que os dados fixos no País durante o mesmo período. Dessa forma, o tráfego móvel representará 13% do total de dados, contra 2% em 2013. Para efeito de comparação, o tráfego móvel em 2018 será 461 vezes maior do que o registrado no Brasil em 2008.
Em 2013, o Brasil consumiu 38,8 petabytes por mês em redes móveis, crescendo quase o dobro (98%) em relação a 2012. O tráfego de dados móveis de consumidores no País cresceu 2,1 vezes, ou 108%, em 2013 em comparação com o ano anterior. A previsão é que aumente 12 vezes até 2018, CAGR de 63%, ou 386,6 petabytes mensais, em comparação com 33,5 petabytes/mês em 2013. Esse consumo de dados foi 86% do tráfego móvel total no mercado brasileiro em 2013, share que subirá para 88% no período estimado pela Cisco.
Dispositivos
Em geral, o tráfego de dados móveis em smartphones aumentará 12 vezes nos cinco anos da previsão da fornecedora, taxa de crescimento anual composto de 65%, atingindo 274,8 petabytes mensais até 2018, o que representa 62,4% da previsão para o tráfego de dados móveis no Brasil, segundo a empresa. Em 2013, a proporção era de 58%.
A empresa estima que os smartphones sejam 49,7% do total de dispositivos em 2018.
O Visual Network Index diz que o tráfego de dados móveis em tablets crescerá 53 vezes em cinco anos, com CAGR de 121% ou 65,8 petabytes por mês até 2018. Esses dispositivos representarão 15% do total de tráfego móvel nesse ano, em comparação com 3,2% no final de 2013.
Em 2013 o consumo médio por smartphone foi de 312 MB por mês, contra 155 MB/mês em 2012. Já com tablets, o consumo foi de 1,01 GB/mês, em comparação com 474 MB/mês no ano anterior. O tráfego móvel médio em geral foi de 252 MB/mês por usuário no ano passado, consumo que terá CAGR de 60%, e deverá chegar a 2,5 GB/mês em 2018.
A Cisco aposta que o tráfego de conexões máquina-a-máquina (M2M) represente 5% do total do Brasil em 2018, em comparação com 1% no final de 2013. O tráfego M2M crescerá 42 vezes até 2018, CAGR de 111% e 21,9 petabytes mensais.
O tráfego de vídeo nas redes móveis crescerá 14 vezes entre 2013 e 2018, com uma taxa composta de crescimento anual de 70%. Isso representará 327,6 petabytes/mês até o final desse período. O vídeo over-the-top (OTT) será responsável por 74% do tráfego móvel no País, crescimento de 14 pontos percentuais em relação a 2013. O compartilhamento de arquivos cairá de 5% no ano passado para 2% do tráfego em 2018.
Nesse mesmo período, aplicativos em nuvem responderão por 91% do total (contra 81% em 2013). O tráfego móvel em nuvem crescerá 13 vezes, CAGR de 66% e 401 petabytes mensais.
O streaming de áudio ficará na mesma proporção, com 7%.
A Cisco calcula que no Brasil havia 151.884.666 usuários móveis em 2013, crescimento de 3% com 2012. Cinco anos depois, a previsão é que a base cresça para 166.057.518 usuários em 2018, CAGR de 1,8%. Desse total, 117,6 milhões seriam usuários de Internet móvel. A companhia prevê que 29% do total de usuários móveis no Brasil vão gerar 2 GB/mês em 2018, contra 1% do total em 2013.
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