sábado, 8 de fevereiro de 2014
Doze bancos prometem injeção de R$ 8 bilhões na Oi
:: Da redação
:: Convergência Digital :: 07/02/2014
O “veículo de investimento” para injetar até R$ 8 bilhões na Oi deve incluir 12 bancos nacionais e estrangeiros. Esse instrumento estava previsto no acordo para a “fusão” com a Portugal Telecom, conforme os termos anunciados em outubro do ano passado.
Segundo reportagem desta sexta-feira, 7/2, da Folha de S. Paulo, esses bancos seriam BTG Pactual, Credit Suisse, Banco Espírito Santo, Merrill Lynch, Barclays, com participações mais significativas, além de Itaú, Bradesco, Citibank, Santander, Votorantim, Banco do Brasil e Caixa Geral de Depósitos.
O BTG Pactual não apenas lidera esse consórcio bancário como vem gradativamente estreitando relações com o grupo Oi – a começar pela compra, também no ano passado, da Globenet e consequentemente dos 22,5 mil km de cabos submarinos até então detidos pela Oi. Teria pago R$ 1,7 bilhão.
Quando anunciaram alguns dos detalhes da “fusão”, Oi e Portugal Telecom destacaram o planejado aumento de capital da operadora brasileira que chegaria a esperados R$ 14 bilhões. Parte desse aumento viria na forma de “operações e negócios” da PT.
Além disso, entre R$ 7 bilhões e R$ 8 bilhões representeariam aportes efetivamente em dinheiro. Aí entraria o descrito “veículo de investimento administrado e gerido pelo Banco BTG Pactual”. Os bancos, no entanto, não aplicarão necessariamente eles mesmos esse dinheiro, mas antes buscarão investidores interessados em participar da “fusão”.
A aparente confiança dos bancos é um sinal positivo para a operadora. O que ainda não está claro, no entanto, é como serão administrados os R$ 41 bilhões em dívidas – frente a receitas de R$ 37 bilhões – reconhecidos ainda em meados do ano passado.
A Folha menciona a exigência do governo de uma "solução de mercado". Mas parcela significativa da dívida, cerca de R$ 10 bilhões, refere-se a multas aplicadas pela Anatel que nunca foram pagas. Parte ainda não definida dessa conta deverá ser resolvida não pelo mencionado "mercado", mas através de Termos de Ajustamento de Conduta nos quais a Oi vai trocar o papagaio por promessas de investimentos.
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