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terça-feira, 2 de setembro de 2014

IMPACTO REGULATÓRIO: OI TERÁ QUE DEVOLVER TODA A FREQUÊNCIA DE 1,8 GHZ DA TIM


Além do impacto regulatório de devolução de espectro, pois não pode haver sobreposição de licenças, há também problemas concorrências, cujos remédios serão estabelecidos pelo Cade.


Os impactos regulatórios e concorrenciais de uma possível fusão da Oi com a TIM são muitos. E vão depender também se a aquisição for para toda a operadora ou para um pedaço dela. Por incrível que pareça, é mais fácil, do ponto de vista regulatório ,a Oi comprar toda a TIM e depois se submeter aos condicionantes da Anatel e Cade, do que se fazer a engenharia do fatiamento da operadora de celular.
“A figura do fatiamento não existe nas regras da Anatel.  Esta hipótese nunca foi avaliada, pois não se sabe nem o que seria fatiado: a outorga?  Os ativos? Os usuários? As frequências?”, pondera fonte da Anatel.
Se o fatiamento da TIM, do ponto de vista regulatório, é uma medida mais complexa, a aquisição de um operador pelo outro, a princípio, não pode ser barrada, embora o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, e o presidente da Anatel, João Rezende, afirmem com frequência que o governo não gosta de redução de competidores.
As questões da Anatel
Embora a Anatel não julgue mais as fusões sob a ótica da concorrência, ela tem inúmeras cláusulas regulatórias que estabelecem condições para a fusão de empresas em mesma localidade.
A primeira delas é que não pode haver sobreposição de outorgas. Oi e TIM têm licença de SMP em todo território nacional. Isto significa que, para não desrespeitar esta regra, a Oi terá que devolver as frequências da TIM.
Terá que devolver frequências por duas razões: pela sobreposição de licença e para não romper com o limite máximo de espectro que cada operadora pode ter.
Como primeiro resultado, a Oi terá que devolver toda a frequência de 1,8 GHz da TIM. Como não tem frequências de 800 MHz e de 900 MHz que a TIM tem (no Paraná e em alguns estados do Nordeste), a Anatel terá que estudar este caso específico e ver se as frequências terão ou não que ser devolvidas.
O problema é saber como a Oi vai atender todos os seus clientes e os da TIM com metade da frequência disponível. Para alguns analistas, não há problema operacional, é só a Oi colocar muito mais antenas e ERBs, e a questão estaria resolvida. Mas há controvérsia, pois, com o incremente do consumo de dados, há também necessidade cada vez maior de espectro.
A obrigatoriedade de devolver a frequência já aconteceu com a própria Oi, quando ela comprou a Amazônia Celular e teve que devolver para a Anatel a frequência em duplicidade que possuía na região Amazônica.
Concorrência
Do ponto de vista concorrencial, esta nova administração do Cade está bem mais ativa tanto na coibição a carteis como a grandes concentrações de mercado. O Cade deverá colocar alguns remédios duros.
Sob a ótica do mercado nacional, a Oi a TIM juntas ficariam com 45,4%  de market share de celular, passando a ocupar a primeira posição, no lugar da Vivo. Mas há concentrações regionais que deverão também ser coibidas pelo Cade.

OI QUER FAZER CAIXA PARA ADQUIRIR FATIA DA TIM COM VENDA DE PARTICIPAÇÃO NA UNITEL


Banco BTG Pactual também está intermediando as negociações com acionistas da operadora angolana


A Oi está oferecendo no mercado sua participação na Unitel – maior operadora móvel de Angola – por US$ 2,5 bilhões, informa o jornal português Negócio. A tele brasileira detém 25% da angolana, transferidos da Portugal Telecom no processo de fusão. O objetivo é fazer caixa para comprar fatia da TIM.
A s ações da Unitel serão oferecidas para os demais sócios, como determina o estatuto social da empresa, como a empresária Isabel dos Santos e a petrolífera estatal Sonangol. O Banco BTG Pactual, que está formatando uma proposta para a Telecom Italia para a compra da TIM, também está aconselhando a Oi nesse negócio.
A venda da Unitel pela Oi acontece depois de várias disputas que a PT e  acionistas da operadora angolana tiveram desde 2007, e agravou-se quando a PT anunciou a fusão com a Oi em outubro de 2013. “Num desses episódios, em abril passado, três dos acionistas angolanos da Unitel – Isabel dos Santos, a Mercury e a Vidatel – escreveram uma carta à administração da Portugal Telecom, dizendo que queriam comprar os 25% da Unitel até o final do mês, mas a PT não deu resposta a esta solicitação”, diz a matéria.

Leilão pela GVT chega aos R$ 22,35 bilhões



:: Ana Paula Lobo* 
:: Convergência Digital :: 28/08/2014
Depois de a Telecom Italia oficializar uma proposta de R$ 21 bilhões pelo controle da GVT, ou 7 bilhões de euros, a Telefonica fez um novo lance e apresentou uma oferta de 7,45 bilhões de euros, o que significa um aporte de mais 750 milhões de euros. A Vivendi deverá se posicinonar em reunião agendada para esta quinta-feira, 28/08. A proposta da Telecom Italia é válida até o dia 20 de setembro. Já a da Telefônica é quase um ultimato é vale até esta sexta-feira, 29 de agosto.

O leilão pela GVT teve novos lances. A Telecom Italia formalizou a proposta de 7 bilhões de euros, ou R$ 21 bilhões de reais. A compra aconteceria por meio de pagamento em dinheiro e ações. A ideia é fazer uma fusão entre a TIM Brasil e a GVT. A fusão também daria à Vivendi, 20% do controle da Telecom Italia. A proposta da operadora italiana é válida até o dia 20 de setembro.

A Telefônica - que tenta pela segunda vez assumir o controle da GVT no Brasil - foi à batalha. A espanhola aumentou seu lance em 750 milhões de euros e passou a oferta de 6,7 bilhões de euros para  7, 45 bilhões de euros, ou R$ 22,35 bilhões. Numa tática arrojada, a contraproposta tem validade somente até esta sexta-feira, 29 de agosto. A primeira oferta encerraria no dia 03 de setembro. O mercado aguarda uma decisão da Vivendi, que se reunirá nessa quinta-feira, 28/08, e deverá se pronunciar sobre as ofertas.

Em comunicado ao mercado, a Telefônica informou que pagará 4,66 bilhões de euros em dinheiro e oferecerá à Vivendi uma participação de 12 por cento no novo grupo a ser criado no Brasil a partir da fusão da GVT com a Telefônica Brasil.

Compra da GVT deve ter análise restrita à competição



:: Luís Osvaldo Grossmann 
:: Convergência Digital :: 28/08/2014
A compra da GVT pela Telefônica promete ser tranquila, ao menos do ponto de vista regulatório. Como lembrou o presidente da Anatel, João Rezende, nesta quinta, 28/8, o aspecto mais relevante a ser avaliado pelo regulador de telecomunicações não existe. “A GVT não tem espectro”, resumiu.
Significa que os aspectos da operação são principalmente concorrenciais. Essa análise cabe mais propriamente ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica, Cade, mas, como insistiram nesta quinta alguns conselheiros, a Anatel pode fazer recomendações. No mais, nada concreto chegou ao regulador.
Mas vai chegar. Nesta quinta, cinco anos após bater os espanhóis e ficar com a GVT em 2009, na época por algo como R$ 7,2 bilhões, a Vivendi descartou a oferta da Telecom Italia e avisou que entra em “conversas exclusivas” com a Telefónica – que propôs pagar, em dinheiro e ações, R$ 22 bilhões.
À primeira vista, a GVT faz pouca sombra em São Paulo – na capital, a empresa entrou há menos de um ano em alguns bairros. Mas como chegou a ser sussurrado nesta quinta na Anatel, a questão também deve ser vista de outro ângulo: as operações do grupo Telefônica detém Poder de Mercado Significativo.
Segundo números da agência, a empresa concentra em São Paulo quase 60% do mercado de banda larga no varejo – principal atuação da GVT. No atacado, a Telefônica é monopolista – tem HHI, índice de 0 a 1 que mede concentração de mercado, de 0,99.
Também não custa lembrar que muito recentemente a Telefônica garantiu junto à Anatel sua descaracterização como PMS em bairros da capital e em outros 22 municípios do estado. Para convencer a agência, sustentou que havia redes concorrentes – e listou a GVT como uma delas.

Vivendi escolhe oferta da Telefonica pela GVT



:: Luís Osvaldo Grossmann* 
:: Convergência Digital :: 28/08/2014
A Vivendi vai entrar em conversas exclusivas com a Telefónica, informou nesta quinta-feira, 28/8, a empresa francesa que se reuniu para avaliar as duas propostas pela brasileira GVT. Antes dessa discussão, a operadora espanhola avisara ter subido a oferta para 7,45 bilhões de euros (R$ 22 bi), superando os 7 bilhões de euros (R$ 21 bi) da Telecom Italia.
“A oferta da Telefónica se ajusta melhor aos objetivos estratégicos e financeiros do grupo”, anunciou a Vivendi. Além da parte em dinheiro, de 4,6 bilhões de euros (R$ 13,6 bi), a proposta da Telefónica inclui uma participação de 12% da operação brasileira combinada, dos quais cerca de um terço pode ser trocado por uma participação de 5,7% na Telecom Italia se Vivendi assim desejar.
A Telecom Italia formalizou a proposta de 7 bilhões de euros, ou R$ 21 bilhões. Assim como a oferta rival, nesse caso a compra também aconteceria por meio de pagamento em dinheiro e ações. A ideia seria unir a TIM Brasil com GVT. A fusão também daria à Vivendi 20% do controle da Telecom Italia.
A seguir, a íntegra da nota da Vivendi sobre o negócio:
"Ofertas para aquisição da GVT: Conselho Supervisor decidiu entrar em negociações exclusivas com a Telefónica
A Vivendi recebeu ofertas da Telefónica (dias 4 e 28 de agosto) e da Telecom Italia (28 de agosto) para aquisição da GVT.
A oferta da Telecom Italia representa um total de €7 bilhões. Ela inclui uma parte em dinheiro (€ 1,7 bilhão), uma parte em ações da Telecom Italia (16% do capital e 21,7% do controle) e uma parte em ações da TIM Brasil (15%).
A oferta expira em 20 de setembro de 2014. A aquisição da GVT seria submetida à reunião de acionistas da Telecom Italia e a Telecom Italia teria uma cláusua de saída em caso de perda significativa de valor da GVT.
A oferta da Telefónica de 28 de agosto representa um valor total de € 7,45 bilhões. Ela inclui uma parte em dinheiro (€ 4,66 bilhões) assim como uma parte das ações da Telefônica Brasil (12%) das quais cerca de um terço podem ser trocadas por escolha da Vivendi por 5,7% do capital e 8,3% do controle da Telecom Italia. Essa oferta expira em 29 de agosto de 2014.
À luz da estratégia do Grupo e no melhor interesse de seus acionistas, o Conselho Supervisor decidiu entrar em negociações exclusivas com a Telefónica ao mesmo tempo em que enfatiza a relevância e qualidade da oferta da Telecom Italia.
O desinvestimento na GVT vai permitir a venda da última empresa de telecom completamente pertencente à Vivendi depois de se desfazer da Maroc Telecom e SFR.
A oferta da Telefónica é considerada particularmente atrativa, gerando um ganho de capital de mais de € 3 bilhões. As outras condições da oferta, que limita em risco mínimo a execução da operação assim como os compromissos da Vivendi após a venda, estão em linha com os objetivos da Vivendi.
O acordo entre Telefónica e Vivendi permitiria o desenvolvimento de projetos conjuntos em conteúdo e mídia. Adicionalmente, se assim desejar, a Vivendi pode se tornar acionista na Telecom Italia pela troca de ações brasileiras por italianas.
A oferta da Telefónica se ajusta melhor aos objetivos estratégicos e financeiros do Grupo. A Vivendi começa uma nova fase em seu desenvolvimento para se tornar um grupo industrial integrado focado em mídia e conteúdo. Seu objetivo é perseguir seu desenvolvimento pelo crescimento orgânico de suas subsidiárias e em colaboração próxima entre elas, o que não impede o grupo de tomar posições minoritárias em companhias aliadas de distribuição de conteúdo.
O Conselho Gestor vai submeter a oferta da Telefónica aos relevantes representantes dos empregados.

Sem GVT, TIM garante “participação incondicional” no leilão dos 700 MHz



:: Luís Osvaldo Grossmann 
:: Convergência Digital :: 28/08/2014
Ao reconhecer ao mercado de ações a vitória da Telefônica na disputa pela GVT, a Telecom Italia destacou o garbo de sua própria operação no Brasil, a TIM, alvo do casamento recusado pela Vivendi nesta quinta, 28/8. Em resumo, diz que a operadora móvel segue no jogo no Brasil. Em particular, na briga pela faixa de 700 MHz. 
Em nota reproduzida pela TIM na brasileira CVM, a “Telecom Italia registra a decisão do Conselho de Supervisão da Vivendi para entrar em negociações exclusivas com a Telefonica em relação à venda da GVT.
Desde o início Telecom Italia deixou claro que teria uma abordagem racional para a sua estratégia no Brasil, a fim de maximizar o valor para todos os acionistas.
A Companhia continua a desenvolver os seus planos de desenvolvimento e de investimento no País, de acordo com Plano de Negócios 2014-2016 do Grupo, aproveitando a forte posição da TIM Brasil no mercado.”
A própria TIM completa o comunicado que seu plano é “explorar o enorme crescimento da banda larga móvel e todos as oportunidades associadas. Não por menos, ressaltou que a Telecom Italia “aprovou nossa participação incondicional na licitação 700MHz

Compra da GVT pela Telefônica pode levar até três meses



:: Ana Paula Lobo* 
:: Convergência Digital :: 29/08/2014
A Telefónica estima que a operação e a integração da GVT com negócios no Brasil será rentável desde o primeiro dia, em um acordo que proporcionará sinergias de 4,7 bilhões de euros e melhorará em 50 pontos base o crescimento do resultado operacional da controladora até 2016.
Do total esperado de sinergias, 3,2 bilhões de euros virão de menores gastos e investimentos e o restante de melhoras fiscais e economias financeiras. A transação colocará a subsidiária brasileira da empresa espanhola como o principal operador integrado com a maior quota de mercado em termos de receitas e número de acessos no mercado brasileiro.

Nesta quinta-feira, 28/08, o grupo de mídia francês Vivendi anunciou ter entrado em negociações exclusivas com a Telefónica para a venda da GVT no Brasil, escolhendo a oferta da empresa espanhola em detrimento da apresentada pela Telecom Italia. A oferta da Telefónica valoriza a empresa em 7,45 bilhões de euros, dos quais 4,66 bilhões são em dinheiro e o restante ao equivalente de 12 por cento das ações da empresa combinada.

A Vivendi pode substituir 4,5% das ações da nova empresa por ações ordinárias da Telecom Italia equivalentes a 8,3% dos direitos de voto na italiana. Em comunicado enviado à CVM nesta sexta-feira, 29/08, a Telefônica Brasil comunica que a negociação entre as partes pode levar até três meses.A expectativa é que o negócio - fechado - só venha a acontecer no começo de 2015.